17.9.08

Violência confusa

“O Gabinete de Apoio à Violência Doméstica (GVVD) (não devia ser GAVD?), atendeu durante o período em apreço (um fim-de-semana), quarenta e quatro casos, sendo vinte e um por agressão física; doze por acidente de viação; dez por violência doméstica e um por abuso sexual. “ In Expresso das Ilhas, nº, nº354, 10/9/2008.

Vamos lá ver uma coisa: violência doméstica e agressão física são actos separados? Ou aqui se tratou só de violência doméstica sem agressão física, tipo os cônjuges a mandar à mãezinha um ao outro? Quantos aos acidentes de viação, gostaria que precisassem se os casais andam a agredir-se por atropelamento, ou se foi violência doméstica dentro do carro, mas aí, acho, já seria violência automóvel (?), ou se foram mulheres que sofreram acidentes de viação, que por serem mulheres, as maiores vítimas da violência doméstica, e por serem difamadas pelos homens de más condutoras, terão sido atendidas pelo GVVD (ou GAVD, já não sei)?

Os trâmites policiais são por vezes de ordem muito complexa para civis comuns, como nosotros.

1 comentário:

Pepê Ramos disse...

"ah sim! ê da'l bem dado!!!"
e "ami nha boca ka sta la..."
São comentários que muito se ouve(!), mas também há vozes que se levantam!
Lembro-me, por exemplo, de na minha zona, chegar a acordar muitas vezes com berros nocturnos de uma vizinha, a coisa passava depois para os filhos!
A regularidade desse "afecto" indignava toda a gente mas os únicos que fizeram "frente" ao tal marido foram alguns miúdos, mais brabus, da zona que falaram "afectuosamente" da mãe desse senhor e sempre que possível (i.e. a boa distância de ser ouvido e de poder fugir) chamavam-lhe um nominho que o deixava ainda mais louco...
A desculpa, pelo que se dizia, era a bebida!
Acho que nunca se chamou a Polícia!!!

Quanto à restante violência... Recentemente falando com uma caboverdiana que vive em Portugal, ela dizia-me que queria era voltar a Cabo Verde, mas com esse estado das coisas e insegurança, ela não tinha o direito de expor os filhos a esse risco, cada vez maior, de ser vítima!
O certo é que tem que haver mais segurança, tem que haver "tranquilidade"!