21.12.08

Arte em primeiro plano

Ahmed Khemis, fotografado por Jef Rabillon
Auditório da Assembleia Nacional, dia 20, 21h, após a apresentação da Solange, 3 solos de dança contemporânea, 3 MAGNÍFICOS momentos de arte e um enorme auditório...sem gente. Os artistas:

Ahmed Khemis, Algéria. Foi o que mais gostei. Um imenso solo. Velocidade, técnica, precisão e, mais importante para mim: conceito. O tema da guerra, da oposição das civilizações, os desastres humanitários, traduzidos em 3 elementos: dança, som e luz. Foi mágico.

Serge-Aimé Coulibaly, Burkina Faso. Eu vi nele o talento natural do africano pela dança, um trabalho de estilização da dança tradicional do seu país, para além de todo o resto: técnica, velocidade e precisão. Ocorreu-me a questão da escola. Os Raiz di Polon tem feito um esforço titânico, mas é preciso mais: é preciso educação sustentada, formação de formadores, laboratórios e outros itens mais.

Ariry Andriatmoratsiresy, Madagascar. Um sénior já. Um senhor. Um espectáculo. No seu solo também impressionou-me o conceito, para além da excelente execução.

3 grandes artistas. 3 momentos raros em CV. 1 auditório vazio...a culpa está em vários lados: ausência de programação cultural, desinteresse da sociedade pela arte, fraca divulgação.

E eu fiquei mais rico nesta noite e compensado da irritação do primeiro evento.


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