18.2.09

Quando for grande quero ser Presidente

Acompanhamos, serenos e impávidos, ao alastrar de um regime déspota e desastroso no Zimbabwe. O presidente vive em estado palaciano e choca os relatos dos seus luxos, enquanto o país vive em estado de emergência, com as doenças a dizimar pessoas, a inflação a atingir níveis irreais, as populações a serem obrigadas a fugirem do país e a cidadania a ser completamente esmagada. Que isso tem a ver conosco? Nada! Somos o país que tem dificuldades em se identificar com África, quanto mais com essa África distante.

Hugo Chavez quer permanecer no poder até 2049?!!! Para conseguir isso faz votar um "referendo" que lhe permite emendar a Constituição, nos artigos que lhe restringia essa permanência?!! Em que mundo louco é este que vivemos? E o regime de Cuba congratula-se?!! Claro! E nós, dizemos o quê? Nada! Que temos a ver com isso.

Cá no burgo, as Presidenciais despontam-se, com mais ou menos artimanha. David Hopffer Almada prossegue a sua chantagem emocional: "reafirmo a minha disponibilidade ao cargo de Presidente da República, mas somente na condição de ser apoiado pelo partido; candidatura independente, não!" Entretanto José Maria Neves, presidente do PAICV, mostra-se "indisposto" com a candidatura de Aristides Lima. Isto quer dizer o quê? Que então o seu candidato é Hopffer? Este homem que virou às costas ao partido, na sua pior fase, que candidatou à Presidência em 2001 como independente, sendo miseralvelmente derrotado, que regressa ao partido, na sua mó de cima e agora "exige" apoio do partido?!

É claro que estes três caso não tem absolutamente nada a ver, para que fique claro, excepto o facto de, em política, nacional ou internacional, temos de criticar em massa, afim de garantir a moralidade da Política, que neste séc.XXI está em profunda crise, em alinhamento com a preocupante crise económica internacional, que ainda está só na fase dos espirros. Que temos nós a ver com isso tudo? Tudo!

1 comentário:

Anonymous disse...

Cesar,
sem defender o Chavez: a consulta popular era p/ alterar normas constitucionais que lhe permitem recandidatar-se quantas vezes quiser...se vai ganhar e o que vai utilizar p alcançar as vitorias é que poderemos discutir mais adiante.
Abraços,
Edson Medina