23.3.09

Blogjoint: Espaços públicos associados a espaços mentais

Serão os espaços públicos uma questão de ter dinheiro para os gerir, ou tão somente uma questão de incompetência pura? Será o dinheiro necessário à requalificação de alguns espaços, um gasto ou um investimento? Será que não falta é espaço mental?

Não poderia o Auditório Nacional ser gerido pelo colectivo de dança "Raiz di Polon"? Que falta para que o Palácio da Cultura "Ildo Lobo" seja convenientemente dinamizado? Mercado? O que faz o Centro Cultural do Mindelo funcionar? Mercado? Terão os Centro Culturais estrangeiros mais dinheiro ou só são um pouco mais competentes? 2% do Orçamento do Estado é realmente insuficiente para organizar isso? Não seria bem mais inteligente devolver o Centro Nacional de Artesanato (agora Museu de Arte Tradicional) ao colectivo de artistas que o geria anteriormente?

Será necessário construir novos dispendiosos espaços para a Cultura e o lazer ou requalificações inteligentes serão suficientes? Um desses armazéns da antiga zona das Alfândegas da Praia não daria uma excelente galeria de arte?

Não chegou o tempo de se perceber o significado de parceria público-privado? Quando vão as instituições públicas aprender a trabalhar com a sociedade viva? O debate deve se centrar nos espaços públicos, insuficientes, ou nas cabecinhas dirigentes, insuficientes?

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3 comentários:

Anonymous disse...

Não me parece que os Raiz Polon fossem o melhor grupo para gerir este espaço César.

Precisamos de mentes frescas mais inovadoras.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Quais? A questão é essa.

Na verdade, precisamos de gestores culturais, formados em gestão. Mas na falta desses, eu defendo parcerias com esses grupos, que tem a enorme vantagem da motivação. E também não é de desprezar a sua capacidade de organização, não esquecendo que eles ministram, gratuitamente, aulas de dança a muitas crianças. No mínimo manteriam o espaço com mais vida do que a que tem actualmente. Podia ser um contracto experimental...se não desse, pelo menos tentou-se.

Amilcar Aristides - TIDI disse...

César, penso que podemos estar a falar de vários níveis de gestão que pode ir desde a infra-estrutura até a promoção e dinamização de actividades. E aí sim concordo que o grupo raiz teria mt a contribuir onde são especialistas. O que não pode ser é gente à frente de função pelo qual não estão minimamente capacitados. Palácio Cultura que o diga.
abrx.