22.4.09

O mundo de novo

Este post vai para Macau, de onde escreveu João Francisco B. Santos. E vai para todos os leitores de todo o mundo. Vai para este exuberante mundo novo de encurtadas distâncias. Há físicos que se dedicam seriamente à teoria da viagem no tempo, dizendo que, quanto mais rápido deslocarmos, menor serão as distâncias e nessa progressão, teoricamente, podíamos ultrapassar o próprio tempo e viajar para o...futuro. Dificilmente a nossa pobre matéria aguentaria tal viagem, mas o nosso pensamento pode. A incrível revolução que a era da Internet está a operar no nosso tempo é essa redefinição de distância e espaço. É um mundo novo.

Internet está para a pós-modernidade (a nossa actualidade), como a electricidade esteve para a modernidade. Toda a civilização humana está se deslocando para a Internet, do económico, do social e do cultural. As redes sociais são muito maiores que relações de vizinhança físicas; os maiores grupos económicos de agora e do futuro são/serão os que operam na Internet; mesmo a arte busca uma linguagem nesse espaço, falando-se em "Internet art", assunto bastante longo para ser resumido aqui. Neste mundo novo, é triste verificar que África continua a ser miserável, Cabo Verde incluindo. O programa do governo "Mundu Novu" peca gravemente no conceito, agindo no visível, marca dos políticos, preconizando a distribuição de computadores, e olvida o invisível, o essencial, o verdadeiro atraso, que é a CONECTIVIDADE. Estamos literalmente desconectados da Internet, o mundo novo. Eu tenho sorte de ser os 13% com acesso a isto e aproveito e mando um cyber-abraço aos meus fiés leitores diários (mesmo que não comentem, sei que estão aí; é a tecnologia!)

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