24.9.09

Odeio d'amar

De volta aos nossos queridos e amados jornais impressos. Eu os amo de coração porque amo a palavra e a imagem impressa embora já seja da geração da transição para a desmaterialização dos conteúdos e um confesso admirador (e fazedor) das novas tecnologias de informação. Voltando à vaca fria dizia, os nossos jornais.

João Dono continua a sua profecia que me lembra os doidos que andam pelas ruas a apregoar o fim do mundo. Usa as minhas palavras e só comete um insignificante deslize de não dizer quem é o “artista”. O Expresso das Ilhas achou tanta graça ao cartoon que eu tinha odiado que voltaram a publicá-lo. A Nação continua a tentar galgar o difícil caminho do reconhecimento, fazendo uma coisa que para mim é justificativa para o comprar todas as semanas: trazem artigos de cariz social e cultural mais para a superfície embora ainda sinta o cunho terrivelmente partidário no seu tom. A Semana continua relaxadamente e despreocupadamente de férias prolongadas, mas sabem o que mais? Quando voltar, continuará a ser o mais comprado dos jornais impressos. Como diz um camarada meu, quando se ama algo ou alguém, por mais que esse algo ou alguém nos martirize, não há nada que nos demova. Daí o ditado: o amor é cego…surdo, mudo e tetraplégico.

Por mim tudo podia simplesmente passar a digital, que não pode entrar de férias e nos dá a possibilidade de exprimir na hora o que nos vai na alma, mas enquanto a ubiquidade de acesso à Internet for só uma piadinha tola de José Maria Neves, os jornais impressos, como a rádio e televisão tradicionais, continuam sendo essenciais. Amo-os e odeio-os, como nos amores verdadeiros.

5 comentários:

Anonymous disse...

A Semana não está de férias, está sem jornalistas. Até o Vicente Lopes bateu com a porta.

Anonymous disse...

O tal jornalista está longe de ser o melhor de Cabo Verde e muito menos o único. E não foi despedido. Ele é que saiu, por sua vontade.

Anonymous disse...

relaxadamente e despreocupadamente????

Cesar Schofield Cardoso disse...

É a sensação que o leitor (eu) tenho.

Uma vez tentava convencer um cliente que o meu produto era bom, apesar de ele ter deparado com uma falha (software). Insisti nas maravilhas tecnológicas que tinha implementado. O cliente disse-me uma coisa que não me esqueci até hoje: "aos meus olhos é um produto com falhas, logo ainda não me interessa"

Ou seja, só interessa o que o cliente sente.

Anonymous disse...

Ó Cesar
Bô Jornal já voltá. mais amarelo e c´Zé Maria em foto gigante. boa, oke falta que propaganda de A Semana tava ta fazê Zéma ness periodo de campanha!!!!!!!