27.2.10

Atroz

Este é o documento mais revoltante que já vi sobre a deportação para os campos de concentração de judeus e opositores de Hitler. E no entanto já vi tantos, que hoje em dia tenho a tendência até de dizer, Sobre a II guerra, ná, tou farto disso! Pois, e este documentário conseguiu deixar-me ainda mais estupefacto da capacidade de violência mental a que o homem pode atingir.

Talvez o facto da obra ser de Alain Resnais, um dos pioneiros da Nouvélle Vague francesa, e de ser realizada da forma como foi, terá contribuído pelo impacto. Daí que se costuma dizer que o documentário nunca é o cinema-verdade, embora se baseie em factos, porque o realizador induz sempre a uma determinada leitura, a sua. Mas quem disse que no mundo existe neutralidade? E quando se trata de condenar o acto mais bárbaro de todo o séc.XX, toda a denúncia ainda é pouca.

Um presente de Edson. Grande!

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