15.7.10

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"Aquele cheiro era igual ao do meu avô. Cheiro de blazer de fazenda antiga misturado com cigarros, um cheiro amarelado, macerado, das pontas dos dedos.

É um cheiro que quase não o chega a ser. É o cheiro da total ausência de uma gota de perfume, de um aroma, ausência de qualquer nuance contemporânea naquele corpo estranhamente tão jovem.

Deixei-me senti-lo, inspirei-o com a memória. E a sorrir daquele sorriso encabulado como quem coça a cabeça, meti a mudança e lentamente carreguei no acelerador."

(És uma inspiração, Minhokinha. Sorte a ti e aos teus)

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