13.3.11

Catástrofe


A Mãe-Natureza é implacável. No Japão, já vão para 10.000 o número de mortos. Um momento de pesar para esse país. A propósito, andamos a brincar com a natureza deste planeta; as consequências são medonhamente desconhecidas. Procurem um documentário que se chama HOME; para além de estonteante visualmente, de muita pertinência no tema.

7 comentários:

Bitim disse...

10.000 é o numero de desaparecidos, podem até estar mortos mas não é um dado confirmado. Por enquanto o numero de mortos confirmados é de 350 mil.

Um abraço ao povo japonês!!

spanishloverR disse...

desculpe lá meu caro Bitim, explique melhor esses números.
Por favor não transmitam informações erróneas.

Anónimo disse...

Boa foto. À primeira vista parece um simples amontoado de carrinhos e aviõezinhos de brincar, abandonados entre lixo acumulado a um canto do quintal (Quem não se lembra dos carrinhos e aviões da Matchbox, Dinky e Corgy Toys?). Afinal, é tudo uma questão de escala(s). A (escala) do olhar que se equivoca, se não soubessemos ao que a foto reporta, e a (escala) das forças que a natureza liberta, de que a foto é testemunho. A linha de um olhar separa a brincadeira (imaginária) da catástrofe (real). Podemos brincar, como é natural e saudável, podemos até imaginar brincadeiras, com essa foto p.ex. . Brincamos tanto que nem nos inibimos de brincar, a sério, com a natureza.
Mas esquecemo-nos que a natureza não brinca. A natureza, simplesmente, não tem emoções. A sua linguagem não tem 'a sério' nem 'a brincar'. A natureza É. E sendo, age. Agindo, reduz tudo à sua escala real. Por vezes nem a imaginação mais fértil é capaz de imaginar/ficcionar a verdadeira escala das forças que a natureza realmente liberta. Como essa foto demonstra.
Um brutal terramoto, e um maremoto gigantesco não se comparam, dizem, com o que está para vir. Pior do que o terramoto e o tsunami juntos (dá para imaginar?), o insustentável peso de uma nuvem radioactiva a anunciar o perigo de uma fusão nuclear (Reactor 2 da central nuclear de Fukushima ameça fundir-se).
Lembram-se do filme A TEMPESTADE PERFEITA (uma ficção sobre uma situação real)? É caso para dizer, eis a realidade à espera de escrever a sua própria ficção. Filme-catástrofe por vir, brevemente num cinema próximo de si: A CATÁSTROFE PERFEITA.
Tudo isto a passar-se num dos países melhor preparados do mundo para catástrofes. Imaginemos outros países e outros cenários. Sim, definitivamente, é tudo uma questão de ESCALA!
Deixo-vos estes versos de um haiku de Bashô Matsuo (sec XVII):

Este caminho

Ninguém já o percorre,

Salvo o crepúsculo.

A mim, este versos do mestre japonês lembram-me os não menos célebres versos de Régio, excerto final do poema Cântigo Negro, do livro POEMAS DE DEUS E DO DIABO (muito a propósito, certo?):
...
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

Leram? Vendaval, onda e átomo?! Coincidências, claro!
Que este não seja mais um aviso da natureza, à escala da natureza, de um imenso crepúsculo, o nosso! É paradoxal que o aviso (mais um) nos chegue desta vez do país do SOL NASCENTE!

ZCunha

Anónimo disse...

oLA César. Queria a tuaopinião sobre o novo Ministro da Cultura. Pelo menos em algo estas satisfeito: é Ministério da Cultura só. Sem apelidos.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Olá amigo(a). Fazer esta pergunta (Min.Cultura) num post que se chama "Catástrofe" é de propósito ou foi mera coincidência? eheheheheh

Vou escrever um post sobre o novo Governo.

Até

Anónimo disse...

César, a propósito do teu comentário ao Anónimo, não resisto (perdido de riso) de meter a farpa:
A cada um sua catástrofe. :) :)
ZCunha

(P.S.-Não me refiro ao Ministério da Cultura, cujo regresso à "1ª Divisão" ministreal se saúda. Tão pouco à escolha do Mário Lúcio.)

Cesar Schofield Cardoso disse...

A mente é traiçoeira Zé :)

Abraço