18.5.11

De Shanghai 2011

Ou de quando um pequena (pequena?) omissão se torna numa irritante perturbação.

Parece incrível (porque ninguém sabia e nem teria como saber), mas estive presente na exposição mundial Shanghai 2011. Não eu, em pessoa, mas a obra, uma curta, uma curtíssima de vídeo, que o comissário de CV para a expo, João Vieira, conseguiu de mim, com falas delicadas e promessas improváveis. Eu colaborava de qualquer maneira, a única coisa que não tolero é o descaso e a falta de consideração. Bastava que a organização tivesse o profissionalismo de não deixar nomes de fora, na comunicação. Em tudo o que li, jornais, publicações, etc., agradecimentos a todos, até assistentes do pavilhão, mas não vi o meu nome em lado nenhum. Intolerável.

Bem, até aqui, mágoa, mas não saturação. A saturação veio com o erro mais crasso que João Vieira e a sua comissão podiam cometer comigo. Veio uma medalha de compensação, que seria entregue pelo Primeiro-Ministro em pessoa. Não é que eu era medalhado e feito parvo não compareci ao chamado do PM porque... eu não sabia de nada?!! Nesta minúscula cidade, com os meus números e meus endereços publicados em blogs, no facebook, etc., a desculpa da inacessibilidade nem existe; é mesmo descaso ou falta de profissionalismo.

Ao Primeiro-Ministro endereço publicamente as sinceras desculpas por ter cometido a gaffe, por culpa de outrem.

4 comentários:

Pedro Moita disse...

Profissionalismo?!?!?!?!?
Isso é uma palavra "amadora" para a maioria.
Aqui a culpa morre sempre solteira. Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém ouviu. Paxenxa!

Tchale Figueira disse...

Eu nunca teria participado num evento na China país onde intelectuais e artistas como Wai Weiwei estão fechados nas suas masmorras. Liberdade é a nossa patria César

Anónimo disse...

Duas questões:
1- Não te preocupes César, isso não é defeito, já é feitio. Aconteceu o mesmo com o João Branco, mas já ninguém se lembra. Ou seja, ninguém aprendeu com aquele erro. Creio que estamos perante uma nova moda protocolar. Porra, tanta originalidade também não!!!!!
2- Sempre fiquei estupefacto com os nomes e as competências que que são chamados a comissariar os eventos internacionais em que somos chamdos a particpar. Os resultados normalmente são nulos, as oportunidades são disperdiçadas, e ninguém parece incomodado com isto. Pior, ninguém aparece para prestar contas e fazer essa coisa trivial que se chama Balanço. Transformamos oportunidades únicas em puro desperdício. O resto é a passeata de burrocratas a arejar os fatos.
Sevilha. Lisboa. Xangai.
Uma estratégia para a cultura precisa-se com urgência!!!
ZCunha

Anónimo disse...

O mais caricato disso tudo são os chorudos ordenados e prémios desses comissários, para fazerem essas tristes figuras de amadores. Só não digo aqui pelo respeito aos valores em causa. É o chamado "comité" dos amigos ... e assim vamos, pávidos e serenos!