6.6.11

Por onde o Estado perde razão

Quem conhece a estória da TVP - Televisão do Povo, de Carlos Pulú, com certeza que fica num grande dilema. A TVP é ilegal, segundo as autoridades, mas também são ilegais as transmissões das câmaras municipais e mais um rol de outras actividades por este país fora. Se por um lado as autoridades judiciais devem agir no rigor da lei, a verdade também é que a fiscalização dessas actividades devem actuar oportunamente, de modo a não formar essa ideia de que a lei não é igual para todos.

Vivemos num estado grave de ilegalidade(s) e muitas vezes é o próprio Estado a promover a prevaricação massiva e descarada. Terá algum vídeo clube legal neste país? As rádios, televisões, restaurantes, discotecas e eventos públicos pagam um único centavo aos autores das músicas que passam? Não é descaramento demais ter um grande mercado negro de divisas, nas barbas do Banco Central? Qual é a percentagem de conteúdo legal que a televisão pública passa? Em 100 instituições públicas, quantas terão os software legalizados?...Enfim, a lista podia tomar o blog todo.

O caso de Pulú, enquanto que perfeitamente ilegal, quase que fica naturalmente absolvido por essa couraça de ilegalidade que envergonha este país.

2 comentários:

Dario Livramento disse...

A questão de ilegalidade da TVP nunca foi a cerne da questão que levou que a emissão da dita televisão fosse suspensa. Foi a partir do momento que começa a passar as publicidades que a TCV "chateou-se" e pediu o fecho da televisão. Mexeu no queijo de alguem.... É pena. Mais, na minha opinião, o caso tem mediatismo a mais.

Cumprimentos

Anónimo disse...

iiiiiii ilegal é ilegal...Nada além da lei o torna legal. Daí que elencar de outros ilegais não o da status de legal já que é ilegal. Legal amigo?