20.2.10

Dulce Almada

Deu-me de falar dela.

Não é interessante notar que, uma senhora que tanto sacrifício fez para a independência do seu país, academicamente especializada numa área que tão exasperadamente precisamos, a Linguística, esteja a viver longe da sua terra, como que num exílio pós-Indepedência? O que é preciso dizer a esta senhora para que ela venha continuar a sua luta aqui? Ou acham que a luta de emancipação terminou? Não veem que a questão da língua materna/língua está impregnada de complexos coloniais? É só aprofundar-se um pouco na nossa história recente para perceber isso.

E casos desses continuam a suceder-se. Quanto caboverdianos brilhantes temos espalhados pelo mundo, só porque aqui não lhes dão...estima. Pois muitas vezes estima é a maior das retribuições. Mas enfim, creio que faz parte da nossa idiossincrasia sermos ingratos.

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