14.1.09

Cinema, como te quero!

Revista Crua
Cabo Verde viveu parte dos seus sonhos vendo filmes. É conhecida a capacidade do crioulo em imitar as maneiras das estrelas de cinema. S.Vicente é um laboratório vivo deste fenómeno. A partir de uma determinada altura porém, vimos a possibilidade de FAZER cinema. Porque não?

Já tinha referenciado Ismail Xavier, crítico e investigador do cinema brasileiro. Recordo uma frase: "
deve-se pensar o cinema além do espectáculo, como uma forma de pensamento". Nesta linha podemos pensar num cinema-documento. A questão do financiamento fica ao critério da "utilidade" de tal documento. Outros autores afirmam: o cinema é, por excelência, a arte da catarse social. Pois, quantos assuntos já "explodiram" por causa do cinema? Veja-se a guerra no Iraque e as motivações questionáveis de USA, postas e nú em filmes.

Gostamos de nos esconder detrás da impossibilidade de pagar certas coisas, embora não se pestaneje em comprar um carro de 5,6,7,8 mil contos. Mas também, quem disse que temos que fazer um cinema de alta produção? O que nos ensinou Glauber Rocha? Ou Lars Von Trier? O que sabemos de Estética da Fome, Dogma 95, Cinema Pobre?

Nesta segunda-feira iniciei o meu 2º workshop de cinema, sempre na esperança que um dia possamos realizar o sonho de fazer cinema. Pois é verdade que:
o sonho é o motor da vida.

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