29.1.12

Terra de fartura

Um tanto farto disto.

Farto do Governo e da Oposição a encherem-nos os ouvidos das suas angústias no Parlamento, a fingirem-se de muito preocupados com o país. Combate político, dizem. Eu é que morro um bocadinho de cada vez que oiço descaradas acusações e ainda mais patéticas defesas de honra. Vão se...!

Cansado de ver advogados a usar a comunicação social como palanque para os seus recados com segundas, terceiras e sabe-se lá mais quantas intenções. Quem pode com essa novela de mulher que mandou matar marido, afinal é marido que montou um teatro para incriminar a mulher, uma estória que não pára de dar cambalhotas, de um vida privada, de uma vida que não nos diz respeito e ainda assim insistem em nos dar todos os detalhes sórdidos.

Já não dá mais para ouvir nenhum membro do Governo. Nenhum. A quererem nos impingir um nome para o aeroporto da Praia, em explicações imbecis, como se não tivéssemos convicções e fossem os ministros os encarregados de nos ensinar como valorizar a história. Mais uma vez, vão se...! Não dá! Quem pode com o discurso decalcado de todos os membros do Governo, de ministro a secretários de Estado, todos! Que falta imensa de criatividade e auto respeito.

Não posso mais com estórias de violência e com as autoridades a tentar negá-la, mascará-la, justificá-la. O facto é que dói na pele e está mais perto de nós do que imaginamos. O meu compadre Baluka foi atacada na rua, bem no centro da cidade, às 18h30, por três fedelhos. Que merda!

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