Os políticos estão sempre na ribalta, mas por esses dias pelas terras de cá das ilhas estão ainda mais na ribalta, com dois assuntos interessantes. Um, trata-se de um manifesto chamado Acordar Cabo Verde, a circular aqui, que bate nos deputados, outro, tem a ver com a chamada de atenção que o partido no poder faz ao Presidente da República, a pedir-lhe que abranda a voz.
No primeiro caso vou dizer o seguinte, sim, os deputados precisam de umas valentes palmadas no rabo. É claro que há (?) os justos, mas já diz a velha frase, pagam os justos pelos pecadores. Aos deputados pedimos uma coisinha só, que trabalhem, que falem, que actuem, que não sejam o corpo ao qual pertence um braço que se levanta automatimente na plenária. Mas também sou obrigado a concordar com o deputado Abraão Vicente, que é muito fácil mandar manifestos anónimos online, enquanto que o mesmo manifesto podia ter dado entrada na casa parlamentar, por vias normais e com caras. Enfelizmente ainda vivemos como se estivessemos debaixo da PIDE e temos medo de falar abertamente. Outras vezes é só pura conveniência ou falta de, masculinamente falando, tomates. A vida pública é...pública, ou seja de todos nós. Todos usufruem da República, mesmo que não se queira. Quem pensa ao contrário que experimente ir viver numa montanha isolada e verá. No entanto só poucos intervem na República. A política é de todos e é mais que votar. É, pelo menos, ter uma atitude pública digna.
No segundo caso, parece bastante estranho que um partido, em plena democracia, peça ao Presidente da República que se cale. Digam todos em voz alta "Presidente da República" para terem a consciência de que figura tamos aqui a falar. Chega de Presidente corta-fitas!
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