
- Serviço Nacional de Protecção Civil
- Instituto das Estradas
- Gabinete de Fiscalização de Obras do Ministérios das Infraestruturas e Transportes
- Ordem dos Engenheiros (Civis)
Os suecos já foram vikings. Hoje são europeus “normais”, mas o que terá ficado incrustado de viking no código genético (cultural) dos suecos? This is the point: heritage.
Nós temos de herança negra:
Sei que já começo a soar a racista. Mas, é assim: a nossa componente europeia está aí e é “oficial”; a componente africana precisa de trabalho de reabilitação, por isso sou africanista, por militância, porque na verdade acredito na Cultural Universal. Ora vejam lá: há europeu mais africano que português? Ou seja, latu sensu, as Culturas se interpenetram, se cruzam e se fortificam. Mas conhecer a história e a génese é fundamental.
Um dos preconceitos básicos, que é preciso combater é que, quando falamos de África, falamos de preto e branco. Muitos dizem que este assunto tem pendor racial, que também é outro preconceito a abater. São preconceitos de ligeireza de abordagem. A questão de África e Africanidade tem a ver (sempre na minha modesta opinião) com a valorização das Culturas Africanas e com o sentimento de ser, ou não, “Africano”. O que observo, e do que sei de investigar o tema, é que somos africanos, e gostamos, mas quando se trata de assumir esta “condição”, a coisa muda de figura; entramos num rol de justificativas e alternativas.
Mas ser africano é comer com as mãos e vestir-se com bubus? O senegalês que não tem esses comportamentos deixa de ser africano? Não, definitivamente. No nosso caso, assumir a Africanidade é assumir uma grande herança, maioritária. Não passa nunca por esquecer que temos tanta coisa europeia…americana, asiática…
A questão é que, enquanto não resolvermos esta questão, não vamos explorar este stock cultural magnífico (vejam o que aconteceu ao batuque quando saiu à rua, ou seja, Pantera, Tcheka, Princisito…) e vamos ter sempre este bloqueio em nos relacionar com outros países (e seus nativos) de África; sejam ele miseráveis ou não. Felizmente que o tempo cura tudo.