30.3.11

Lógico

Em vários contractos é normal uma cláusula sobre o incumprimento: por cada dia de atraso na entrega , o fornecedor paga x; se a entrega não corresponder à encomenda, simplesmente o fornecedor não é pago. Parece-me lógico. Os contractos da Electra não prevêem cláusulas no caso de ELES (fornecedores) falharam, mas prevêem outras no caso de NÓS (clientes) falharmos. Ou seja, nós pagamos, mas ninguém nos paga os equipamentos queimados, as largas horas sem poder trabalhar e o incalculável aborrecimento.

6 comentários:

Anónimo disse...

Tu votaste, meu caro! Agora tens de comer o pao que o diabo amassou!

Ou ja estàs como o Ludgero?

Fazem-me rir!!!

Cesar Schofield Cardoso disse...

Não percebi várias coisas:

1 - segundo ti, votei em quem?
2 - como é estar como o Ludjero? Qual Ludjero?
3 - votando diferentemente de quem pensas que votei, comeria que pão?

Consegues ter uma resposta objectiva a essas perguntas, ou vamos continuar nessas abstracções?

Anónimo disse...

Nao ha abstracçao nenhuma mas sim factos e vamos ja a eles:

o teu ponto numero 1 é uma gozo com a tua propria pessoa, pois tu mesmo escreveste aqui varias vezes que criticavas Zé Maria e o PAICV mas que ainda assim nao poderias votar nos malvados do MPD e Carlos Veiga.

se tens posiçoes politicas que estao defendidas aqui mesmo no teu blogue e que sao claramente e abertamente a favor do PAICV, em que poderias votar em consciência? nao briquemos César!

ponto 2, finges nao entender que Ludgero; é o tal que acaba de escrever um artigo de opiniao criticando duramente os desmantos autoritarios de Zé Maria, um autêntico ditadorzinho de pacotilha; so que o Ludgero tinha apelado no seu blogue ao povo a favor do Zé Maria e do PAICV; logo é um gozo essa sua critica pos-eleiçoes. Razao pela qual fiz o paralelismo entre vocês os dois.

Alguém coerente e no seu perfeito juizo sabia antes das eleiçoes quem era e quem é Zé Maria; nao é porque ganharia as eleiçoes que ele iria mudar para melhor começando a dar luz e agua às pessoas em um mês, tendo em conta esta tua critica sobre a Electra.

Terceiro ponto, votando diferentemente, comerias o pao do povo, da democracia, da liberdade. E repara que nao estou a dar-te indicaçao de voto, porque para além do PAICV tinhas mais outras 3 formaçoes politicas por onde escolher.

Conclusao: agora votar no PAICV e um mês depois, estar ja a reclamar nao é serio. Sabendo aidna que vamos ter mais uma eleiçao e temos esse mesmo partido no qual votaste estilhaçado entre autoritarismos proprios de partido unico e estados de alma deste ou daquele bloguista do género de Ludgero e do teu género.

Temos de aprender definitivamente a viver em demcoracia e liberdade, como te dizia aqui outro leitor, acho que constantino.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Respeitável as tuas posições. Mas:

Não confundamos PAICV com José Maria Neves, nem MPD com Carlos Veiga. Não há malvados do MPD, mas é certo que o MPD de Carlos Veiga eu não voto; isso já foi aqui dito. Aliás acho que até gente do MPD não votou no MPD de Carlos Veiga.

Tinha de perguntar qual Ludjero porque conheço dois e não vi o tal artigo. A diferença entre eu e o Ludjero é que, antes das eleições e depois das eleições, sempre critiquei e defendi as mesmas coisas. Tenho fartado de falar da Electra, da Cultura e de mais coisas, criticando duramente Zé Maria nas suas posições; verdade ou mentira? Outra coisa, eu não faço apelo ao voto, nunca. Votei em consciência e no julgamento do que seria melhor para o país, no momento. No momento é importante.

A Electra, como os TACV, como a Adm.Pública, como a Cidadania, como a Produtividade, como uma série de coisas, tem a ver sim com o Governo, mas tem a ver com uma data de coisas, em que todos nós estamos implicados. Um país não é feito só de Governo. Há dias ouvia um engenheiro, enfurecido com uma situação x; deu-me vontade de lhe perguntar: com a tua idade, o teu cv, a tua experiência, porque não tornas público essas tuas posições? Eu acredito que, se tirasses a capa do medo e da covardia, disséssemos as coisas, participássemos mais, chateássemos mais, as coisas seriam melhores. A dicotomia PAICV/MPD é insuficiente para explicar as coisas.

Desculpa lá, podes considerar ZM um ditadorzinho, mas vivemos em democracia. Tenha respeito para os povos que NÃO vivem em democracia e sofrem.

Obrigado por manteres as tuas posições até ao fim, sem nenhuma ponta de ofensa pessoal (já tou farto disso!)

Anónimo disse...

Essa coisa de ofensas é uma falacia no que me diz respeito; pois eu tenho argumentos. Um homem com argumentos nao ofende, critica duramente, maldosamente, mas dentro de regras democraticas e das liberdades que estao na consitutioçazo.

Confundes uma coisa césar; tu nao vives em democracia, rapaz. Zé Maria nao é nenhum democrata. Mas eu percebo as tuas dificuldades; nao és o unico.

Falta-te conhecimentos politicos para perceberes a linguagem complicada de Zé Maria. Complicada para pessoas que nao estudaram a analise de discurso politico. Tudo o que Zé Maria diz ja foi estudado por especilistas de analise de linguagem politica. Nao o dele propriamente dito, pois ele nao é conhecido no mundo; mas o dos teoricos que ele copia.
Exactamente, nao ha comparaçao enter veiga e zé. E é aqui a vossa dificuldades, para aqueles que nao estudaram cienciqas politicas e filosofia.

O John explica bem no seu Artigo de Opiniao e o Casimiro està farto de vos explicar, mas vocês ainda nao chegaram porque nao querem pegar nos livros. Repara que tu em vez de pegares nos verdadeiros filosofoso, recomendas é o livro do José Vicente. Meu caro é um livro de um jornalista que nao estudou nem filosofia nem politica. Portanto é uma reportagem e nao um estudo rigoroso de ciencias politicas;

Mas tu nao sabes. A prova que nao entendes é que nao estàs a perceber a actuaçao autoritaria de Zé Maria nesse processo de canddiatura presidencial. Eu nao posso obrigar-vos a pensar da minha maneira; o maximo que vos posso dizer é de estudarem; mas continuam a nao querer estudar; tu pro exemplo dizes ao leitor a quem recomednavas o livro, "cuidado que tem muitas paginas", implicitamente estas a reconhcer que nao estàs habituado a ler livros de 300 paginas.

Eu sei rapaz, que somos um povo de oralidade e que mesmo aqueles que se dizem intlectauis nao lêem livros porque nao os ha no mercado e sao caros quando viajam para o estrangeiro.

Enfim, repara uma coisa apenas: o discurso de zé maria; ele diz uma coisa hoje que vai fazer assim, e amanha faz precisamente o contrario. Repara em matéria de liberdade de expressao por exemplo ele diz temos que ter uma imprnesa forte; mas depois que a critica é feita, ele carrega sobre os jornalsitas e quer impor leis da rolha etc e tal.

Tu tens que reocnhecer uma coisa; exerces o teu direito de critica politica e é bom, mas nao tens as ferramentas de compreensao e de analise; tu mesmo ja o admitiste aqui.... Politica em termos de analise politico filosofica nao é conversa de café.. A maioria, e é para o consolo, dos intelectuais caboverdianos nao estàç preparada para tal. Dahi o caso Ludgero, que la porque escreve uma coisas e uma historias populares, pensa que pode fazer analise politica.

Nesta ordem de ideaias nao era preciso irmaos para a faculdades aprender a desmontar os discursos deste ou daquele, e as filosofias politicas de a b ou c.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Continuo a concordar e a discordar contigo. Desculpa a passagem sobre o livro do Vicente Lopes; ingenuamente sugeri um livro sem saber quem está do outro lado da linha; as minhas desculpas. Sim, somos um povo de oralidade, não gostamos de ler. Permita-me excluir-me dessa categoria; os livros são os nosso melhores amigos e faço questão de praticar esta afirmação. Não vou comentar muito a tua afirmação que não estou habituado a livros de 300 páginas, porque acho que foi só uma provocação.

Quanto ao Zé Maria: podes afirmar seguramente que eu o apoio? Em que te baseias para achares que não percebo o discurso (não diria complicado, mas sim confuso) de Zé Maria? Não mister, não o apoio e já há muito tempo que nem consigo ouvir os seus discursos. Mas convenhamos, o facto de termos esse primeiro-ministro tira-nos da democracia? Os EUA deixaram de ser um país democrático com Bush? França não é democrático por causa de Sarkozy? O mesmo posso perguntar de Itália? Então diz-me tu, para eu não cair na ignorância: um país democrático define-se pelos seus mecanismos que permitem a democracia ou por terem líderes que são inequivocamente democratas? A segunda hipótese parece-me bastante difícil de garantir.

Para deixar claro: eu não faço, nem pretendo fazer análise política, que seria um descaramento da minha parte pretendê-lo. Mas a política nos diz respeito a todos e todos deviam encontrar uma forma de poder falar dela, cada um no seu nível. Já fui criticado duramente por falar de "coisas" que não entendo. Mas então diz-me uma coisa: os teóricos pretendem teorizar e depois guardar o conhecimento para seu uso exclusivo? Não achas que o discurso académico deva ser popularizado em larga escala?