Maraca disse que o Kriol Jazz Festival (KJF) "recorda-lhe o Festival de Jazz em Havana nos seus primórdios" (Sapo.cv). Pois, só para nos lembrar que estamos nos primórdios de algo que não queremos que acabe nunca mais. O KJF (o gajo já tem até nominho) foi mais uma vez um sucesso, com Maraca & his Latin All Stars a ser, quanto a mim, um momento de alta qualidade de jazz. Aliás, os cubanos são o melhor da festa em todos os KJF.
A moça aí da foto é Vera Cruz, um trovão que se escapou do céu e veio morar na terra, justamente em Cabo Verde. E o pessoal que tocou e cantou com ela são todos belos músicos: Ricardo de Deus, Ângelo, Ndú, Binga, Kyra e uma bela guineense que agora não me recordo do nome. A actuação foi no palco paralelo, na rua pedonal 5 de Julho. O único senão desse palco paralelo foi a engenheira de som que maltratou os grupos e o line-up do 2º dia, verdadeiramente estranho.
De resto tivemos uma Praia a ferver durante 4 dias, com espectáculos, workshops, jam sessions, encontros com artistas, muita paródia, muita diversão. Era visível na cara de todos o êxtase. É incrível o contacto que, sendo a Praia uma cidade pequena, temos com os artistas; de repente estou numa paródia de botequim com nomes que via à distância.
Fica aqui uma reza profunda e secreta que o KJF esteja só nos primórdios e que a minha filha venha a desfrutar do mesmo festival e eu que tenha a oportunidade de lhe contar: "nos primórdios era assim:..."
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