18.5.11

Do nó

Em Cabo Verde quando as coisas se esgotam ou escasseiam  no mercado dizemos que "deu o nó", numa tradução literal. Tudo dá nó aqui, tudo; as mais inimagináveis coisas dão nó:

"A crise de passaportes atingiu o pico. A direcção de Fronteiras da Polícia Nacional está a emitir cinco passaportes por dia e apenas em casos de reconhecida urgência" fonte: A Nação

Já faltou bisturis para as operações no hospital. Hilário mesmo foi um tempo que faltou fósforos e houve uma verdadeira especulação do preço da caixa de fósforos. Tão a imaginar uma pessoa a regatear 1 caixa de fósforos no mercado paralelo? Ainda há dias não havia palitos no restaurante; deram o nó. Tudo dá nó. A mim parece-me que há um master nó, tipo um uma entidade superior, de que não conseguimos desatar.

Essa dos passaporte só em caso de urgência lembra-me a anedota da lei seca, em que só se permitia o consumo do álcool em caso de mordedura de cobra; então um indivíduo, desesperadamente a precisar de um trago, foi a um criador de cobras para que fosse mordido, ao que foi informado que a cobra estava já reservada para os próximos 6 meses!

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