Imagem ripada daqui: fotocommunity.de
De repente somos assaltados pelo anúncio que em Ponta Preta, Ilha do Sal, pretende-se fazer uma coisa para facilitar aos pobres turistas o seu chapinhar na água e que assim vão ficar mais contentinhos e assim prometem voltar mais vezes à nossa terra e assim teremos mais riqueza e bem-estar.
Fala-se em impacto ambiental. Uns argumentam que danifica a natureza, outros argumentam que não danifica assim tanto. Outros ainda preferem estribar argumentos legais, é legal, não é legal. Fala-se em interpor recurso na justiça, na desesperada tentativa de travar o que, alguns consideram, um absurdo. Sem se posicionar necessariamente de um dos lados da barricada, heis uma questão válida para ambos os lados da barricada: e o valor sentimental? E a necessária calma antes de se tomar grandes decisões? O que pensa ilustres cidadãos desta terra, tais como o campeão mundial de kitesurf, Mitu, sobre o assunto, não conta? Vamos parar um pouco aqui nesta ideia: campeão do MUNDO! Ele um dia, entre os centenas de atletas de todo o mundo, foi o nº1. Ele deve isso à sua ilha do Sal, às ondas, ao gosto pelo desporto do mar. E nós devemos a ele um pouco de respeito.
As estruturas legais e administrativas deste país precisa prestar um pouco mais de atenção a o que sente os seus ilustres cidadãos, guardiões da terra e dos mares, gente com ligação ancestral ao bocado de natureza onde vivem. Não se trata se tem impacto ambiental ou não, se é legal ou não, se é regulamentar, se preenche requisitos, se é tecnicamente bom e mais adjetivos. Trata-se de voltarmos para coisas básicas, sentimentais, ou estaremos perdidos, entre a frieza administrativa e a visão curta de um mero negócio.
Além disso, a natureza dessas ilhas é tão delicada, pela sua exiguidade, que a mentalidade ambiental devia ser: quanto menos, melhor! Mais delicadeza, por favor!
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