- O Prime promete, com o seu encantador sorriso, que os combustíveis não seriam aumentados, com a tal taxa, mas acabara por ser. Efeito bola de neve: preço de origem altos; aumento combustíveis; aumento de despesas públicas; aumento de necessidade de receitas públicas...não vejo como esses aumentos de combustível possam ser compensados com baixa de impostos (?!). Não nos enganes MrPrime. Diga-nos a verdade: isto está um blue.
- A remodelação do Governo dá-me uma arrepiante sensação de dejá-vu (segundo mandato do MPD, ou seja, o desastre): os incompetentes continuam; outros mudam de cadeiras; outros entram, não sei baseados em que critério de tecnicidade; enfim, tenho uma sensação chata de desilusão.
- NÃO POSSO MAIS VIVER NA ESCURIDÃO. Não sei mais o que fazer para não ter um ataque de nervos, de toda a vez que fico horas sem electricidade. Vi que andam a desmontar os módulos de reforço de potência. Há quem diga que não há dinheiro para comprar combustíveis para as máquinas. Alguém que me explique, a mim cidadão, o que se passa, POR FAVOR!!!
- Contaram-me, com uma calma e resignação aterradoras, como uma jovenzinha foi assaltada de faca ao pescoço!...Hoje em dia contamos esses episódios, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- Meu dinheiro não chega ao final do mês. Não ganho mal. Ganho até uma dezena de vezes mais que dezena de milhares de pessoas deste país. 1000 paus não significam nada; 2000 compra pouca coisa; 4000 paus já dá para umas comprinhas básicas; 10.000 paus sai com facilidade; 20.000 é um preço normal para qualquer insignificância de serviço; 30.000 paus é o aluguer de um apartamento T2 decente...não queiram que continue.
30.6.08
All blue
23.6.08
salada oculta
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
Faltou dizer que o CNA é actualmente uma sociedade secreta e por isso a formação, produção, comercialização e divulgação que fazem por lá não são conhecidos por ninguém e até é estranho como esta informação vazou na Internet! Mas deduzo que se trate de desinformação, a julgar pela data de reinauguração.
salada ficcional
in www.guiadecaboverde.cv aqui "
Será possível que não se encontre uma única verdade em tanta frase?
salada geo-política
in www.guiadecaboverde.cv aqui
"...sua capital"??...Fica confirmado que S.Vicente é "aquele país".
salada marítima
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
São os nossos conhecidos "Cachupa marítima", "Xerém marítimo", "Cuscuz marítimo" e "Pastél de milho marítimo"
"O peixe e os mariscos fazem parte da dieta tradicional cabo-verdiana."
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
A confirmação.
salada sociológica
in www.guiadecaboverde.cv aqui
"Qualquer tipo de conflito" stricto-senso ou lato-senso? Grades, fechadura dupla, cerca eléctrica são precauções básicas? Ou a violência e a instabilidade do país só se aplicam a residentes? É saudável pensar que somos pacíficos? É honesto informar ao desgraçado do turista que as precauções de segurança a tomar devem ser as básicas?
17.6.08
salada antropo-colorimétrica

in www.guiadecaboverde.cv, aqui
Faltou citar o método de colorimetria usado.
"A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo óptico, impressões para o sistema nervoso." in pt.wikipedia.org, aqui
Acho que a chave disso está na "informação pré-processada"
salada geo-antropológica
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
"...comportamentos culturais tipicamente africanos", como Vudu, Magia Negra, Candomblé...
salada sucinto-linguística
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
A ignorância é um doença devastadora, altamente contagiosa, pode matar, mas tem cura. O tratamento não dói e, actualmente, é de borla: Cura rápida para ignorância linguística
salada folclórica
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
Por outras palavras: o Caboverdiano é um povo morno, folclórico, novelístico e luso-saudoso.
salada identitária
in www.guiadecaboverde.cv, aqui
Tão a ver o Germano e o Corsino (coitado do septuagenário!) encurvados, de enxada na mão, a cavar a terra crioula, cuidando das raízes africanas?
12.6.08
Sur la real III
Tenho 42 anos, nasci na ilha do Fogo, mudei-me para a cidade da Praia aos 12 anos, com a família. Fixamos residência em Achada S.António, na conhecida “Rampa Sampadjudu”. Puxei um 1º andar, da casa que o meu pai levou 15 anos a construir, onde vivo, com os meus 3 filhos, dos meus 3 ex-maridos, e meu actual companheiro. Tenho o 7ºano dos liceus, sou funcionária pública. Já fui auxiliar de serviços, assistente administrativo e hoje, com o curso do IFAP, sou secretária. Em casa, faço roupinhas, doces e um afamado iogurte. Os negócios caíram um pouco e por isso investi em viagens à Fortaleza, onde passei a comprar as calcinhas e as bijutarias que vendo, a maior parte, às colegas da repartição. Não me falta nada, dei uma boa vida aos meus filhos e escola, mas a cruz que Deus pôs nas minhas costas é o meu primogénito, que não estuda, não trabalha, fuma, bebe, sabe-se lá que mais e não se veste como gente decente.
Sur la real II

Sou a minoria.
11.6.08
Sur la real
Sou a maioria.
Avaliação Física...Mental, Social
- Os ginásios andam a “entortar” pessoas; são cometidos erros graves. Saúde pública.
- A população é tendencialmente hipertensa, perigosamente exposta à diabetes e doenças cardiovasculares matam cada vez mais, mais cedo. Agora já há mais gente hipertensa, com menos de 30 anos. Há diabetes infantil e gente a morrer do coração aos 40. Saúde pública.
- A nossa comida mata. Se não for pelo alto teor de sal e gorduras, é pela qualidade da carne, ou pelos enlatados, ou pela higiene. Saúde pública.
- Os nossos velhos degradam-se precocemente, tanto mental, como fisicamente. Saúde pública.
- Um profissional de Educação Física ganha MAAAL!!!... Políticas.
Vamos fazer uma avaliação geral, tipo check-up, para ver como estamos de saúde.
10.6.08
Circumnavegação

Uma coisa eu tenho a certeza: o mundo actual sofreu uma revolução com as tecnologias de informação e comunicação. Os paradigmas mudaram. As fronteiras são meramente políticas. A informação representa a própria democracia. E os blogs estão a baralhar tudo.
6.6.08
Às voltas com...

...nem precisamos radicalizar o discurso; precisamos tão somente de discurso. Como disse alguém, sobre o Estatuto Especial para a cidade da Praia: "A cidade precisa de um Estatuto Normal, para começar". Não é sintomático que, as pessoas que estão por aí a apontar os problemas, que TODOS nós sabemos que existem, sejam consideradas radicais? Queremos o quê? Que tudo permaneça em banho-maria, como se problemas não existissem e agravassem?
O que o Abraão faz não é radical; é normal. O que ele diz é normal, concordemos ou não. Na verdade, o que precisamos é de mais normais como ele. Que bom que seria se: os arquitectos falassem das burrices que se fazem pela cidade; os engenheiros falassem dos absurdos que se fazem por aí; os biólogos falassem da poluição (surda e lenta) que vai se alastrando por aí; os economistas falassem da lógica roubalheira dos impostos; os juristas falassem da incongruência da Lei da Terra; etc.
Em terra de silêncio, se alguém fala, parece que grita.
4.6.08
President...of the world

Ele representa uma esperança (de não sei quê) mas é - convém não perder de vista - o candidato a presidente da nação mais imperialista, bélica e autoritária do planeta. Da nação que tem Guantanamo, que não é julgado pelo Tribunal Internacional e que controla (efectivamente) as grandes instituições financeiras mundiais. A nação que pode acabar com globo, de tanto poluí-lo. E apoia incondicionalmente Israel, o imperialista do Médio Oriente. E nós por cá estamos contentes porquê?
Ah mundo!
CHEGA!!!
Já pagamos um IUR exorbitante, já pagamos serviços caros (telefone, electricidade...), já pagamos IVA, já pagamos taxas e taxinhas para tudo, já pagamos os amortecedores e a manutenção do carro...feito as contas, só pagamos ao Estado; o Estado não nos dá nada!! Nem Segurança, nem espaço de lazer, nem boas estradas...que raio!
E se em vez de penalizar os cidadãos, o Governo pensar seriamente em reduzir a despesa pública? Ou seja: reduzir os gastos com combustíveis e manutenção para a luxuosa frota, reduzir as viagens, reduzir as palestras e banquetes, acabar com o pessoal bunda-mole, controlar as perdas e os desperdícios, rever as consultorias e os administradores não executivos, reduzir os gastos com cuecas e gravatas de embaixadores, etc, etc, etc. É Economia.
Chega de sociedade civil surda, muda, paralítica, entrevada. Que é feito dos srs intelectuais nessas horas? Que é feito da ADECO? Pró-Praia? Que é feito dos doutos analistas?
Declaro golpe de Estado. Precisamos de eleições antecipadas, para eleger uma nova sociedade.
2.6.08
Isto não é comentário; é um post
Esta janela da Cidade é uma porta aberta
aos ventos que de todas as Galáxias sopram
e às Galáxias todas que até nós vêm
através da janela entreaberta
Em algazarra vêm as tristezas todas
sobre o peitoril
povoar a serenata que nunca escutamos…
Hermano Lopes da Silva
Aconteceu!!!

Há uma quantidade incrível de assuntos a derivar desta exposição. Há tanta coisa para dizer e mostrar, que aqui, agora, não vai ser possível falar com justiça de tudo o que aconteceu. De todo o modo as coisas que me despertaram a atenção:
- O Ministério de Cultura precisa se demitir. Tal instituição, com a importância que devia ter, não pode ficar por fora das coisas poderosas que vão acontecendo pelo cidade. É acabar com o Ministério e canalizar os tais 2% do orçamento (centenas de milhares de contos!) para iniciativas de valor acrescentado. Iniciativas vivas. Vejam o comentário de ZCunha em "E se o mundo nos juntasse?"
- A soma das partes é muito superior às partes individuais. Eu senti, e desconfio que todos os expositores devem ter sentido, que a exposição no seu total, ultrapassava a obra individual. O discurso, que resultou de todos concorrerem para uma ideia e um conceito bem identificados, foi de grande impacto; ninguém absolutamente ficou indiferente à "coisa" que estava subjacente à exposição.
- A "coisa" foi tão séria, que alguém sugeriu: "levem esta exposição à Universidade e abram um ciclo de debates; o que está sendo dito aqui precisa circular". Correcto: o discurso está tremendamente concentrado; é preciso expandi-lo à sociedade. Isso devia ser o tal papel do Ministério, mas prontos...
- Arte contemporânea...epá, isso dá que falar, mas uma coisa é certa: não precisamos copiar; precisamos construir e provamos que podemos construir.
Está prometido imagens e mais notícias. Por enquanto, uma pessoa precisa ganhar a vida, que a vida não é feita de arte.
Abraços