Uma da manhã. Desligou a ventoinha e a luzinha do repelente de mosquitos, os terríveis sinais de que foi a luz. Com o calor terrível que está na cidade, o quarto fica logo insuportável. Se escancarasse as janelas, seria comido vivo por mosquitos. Mas, mesmo de janelas fechadas, a suar como um porco, os diabinhos, que estavam esfomeados e sem poder repastar do meu bom sangue, atacam sem piedade. Tento abaná-los. Luto na escuridão contra um inimigo invisível. Aplico valentes palmadas no meu ouvido. Tá calor. Fico irritado. Não posso. Levanto-me, procuro o meu candeeiro a gás e alivio um pouco a escuridão. Queimo desesperadamente folhas de eucalipto, a ver se as bichas se intimidam. Que nada! Continuam. Auto-flagelo-me: auto-bofetadas; auto-palmadas. Fico irritado. Fui chutar uma almofada e acertei o dedo no sofá. Porra!!!!...Vagueio dentro de casa. Fico com sono. Vou deitar. Tá calor. As bichas não desistem. Auto-flagelo-me…
Um luta inglória e ridícula, até ao amanhecer. Hoje estou um cão raivoso. Se fosse um thug, saía à rua e quebrava todos os vidros de todos os carros, a ver se aliviava o ódio!
3 comentários:
Sams
As bichas violaram-me a noite toda mesmo! eheheheh
Cesar,
Tá óptima a descrição! Farteime de rir com o Ricardo, porque reconhecemos semelhanças enormes em alguns pontos! Principalmente o auto flagelo!
Valeu pela gargalhada.
Concerteza, mas ironizar o k nos irrita será a melhor forma de suportarmos a inadinplência (como diriam os pseudo intelectuais cá do burgo) de certas personagens! Esta M.... da Electra já começa a feder meu! Juntada às outras tantas m...s fica dificil!
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