26.9.08

Felicidade

Imagem: Paul Klee

Um visitante de Bianda fez-me uma pergunta, aparentemente inocente, mas deu-me que pensar, embora tenha respondido na hora, um pouco precipitadamente, devo reconhecer. A pergunta era: tu que vês desgraça por todo o lado, consegues ser feliz?

Boa pergunta, não concordam? Pensei nisso quando fui para casa, deitado, escutando a serenidade da noite. A própria serenidade da noite já é um indicador: durmo como um bébé; meu bairro não tem tiros, nem algazarras. Durmo como um bebé, porque também não tenho nenhuma angústia de maior a atormentar-me o espírito. Hoje vou ao Tarrafal, com toda a família, vamos curtir durante 2 dias, todos juntinhos numa casa, vamos à praia e rebolarei na areia com a minha maravilhosa filha. Rapaz, que podias pedir mais da vida?


Conciência Social. Big word! Não sei o que levará certas pessoas, às quais me incluo, a se preocuparem constantemente com a sociedade, com a humanidade e com o futuro do globo. Há pessoas que vão para a igreja e dão esmolas para os pobres; há pessoas que cuidam de cães sarnentos; há pessoas que fazem voluntariado; e há gente que não faz nada disso. Tudo tem a ver com a consciência de cada qual. Eu sinto que devo utilizar a minha capacidade em prol da minha sociedade. Soa a treta?! Mas é o que me motiva a escrever, fotografar, pintar e ir a reuniões de associações, depois de um dia de trabalho.

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