Somos os tais brandos. Aqui ninguém está para maçar ninguém, visto que não há para onde ir e fuga possível. Aqui não se bate em ceguinho algum, mesmo o da pior espécie.
Somos os tais das ilhas. Aqui as leis, humanas ou não, são todas distorcidas pelo sol, que demora a andar de uma ponta à outra do dia. Aqui nada de excessivo acontece, excepto uma lenta corrosão.
Aqui pai e filho matam-se, irmão trai irmão, vizinho ataca vizinho, pessoas comem-se vorazmente, mas os dentes só mostram sorrisos tolos. Aqui é gente de simpatia e morna.
Aqui os caminhos são círculos porque a linha recta ultrapassa os limites do permitido.
Somos os tais das ilhas. Aqui as leis, humanas ou não, são todas distorcidas pelo sol, que demora a andar de uma ponta à outra do dia. Aqui nada de excessivo acontece, excepto uma lenta corrosão.
Aqui pai e filho matam-se, irmão trai irmão, vizinho ataca vizinho, pessoas comem-se vorazmente, mas os dentes só mostram sorrisos tolos. Aqui é gente de simpatia e morna.
Aqui os caminhos são círculos porque a linha recta ultrapassa os limites do permitido.
2 comentários:
O pior é que as gentes das ilhas tornaram nisto que descreve, César!
Mas, segundo opinião de um sábio amigo, parece que isto tem a ver fortemente com a condição de ilhéu. Os Claridosos já se queixavam disso...mas em pleno séc.XXI, com todos os inputs e outputs, parece que esta condição faz mesmo valer o seu peso. Pelo menos eu o sinto assim.
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