A quantidade de candidatos a Presidente da República parece querer dizer o seguinte: é um bom lugar para se ocupar, não exige assim grandes provas de competência e...porque não?! Parece querer dizer que o caminho para se chegar a PR é fácil.
Vamos ver: para ser Chefe do Governo é preciso passar por várias provas: há que convencer os próprios colegas do partido de que se é adequado para estar, no mínimo, na comissão política do partido, mas sabendo que Chefe de Governo será o presidente do partido. Depois de ganhar este desafio, é preciso ganhar as eleições, o que implica ter que lutar num campo onde não há tréguas, as eleições legislativas. Depois disso tudo, é preciso aguentar a carga, por quatro anos, pelo menos. Ou seja, o gajo que aspirar a tais vôos terá que sentir os tomates.
Presidente da República de Cabo Verde...é fácil. É a figura a mais simpática do momento e já está. Ou pelo menos assim pensam a meia dúzia de candidatos que já temos. Entre eles todos, safo algumas excepções, adivinha-se uma pretensão quase descarada em ter tal pretensão. Direito a sê-lo até eu (36 anos) tenho. Mas aspirá-lo é preciso ter uma boa dose de argumentos. A minha pergunta é: que argumentos terão determinadas figuras, falhados politicamente, falhados na gestão de alguma câmara ou organismo público, baços em termos de actividade pública, sem posições conhecidas em muitas matérias sociais, tais como a violência, o tema da moda, tipos que estão por aí a fingirem-se de mosca morta, que argumentos terão esses tipos para pedirem o meu voto? Ou pensarão esses senhores que é um bom lugar para a reforma?
Há uma certa síndrome de cara-de-lata por aí, penso.
1 comentário:
cesar bu tem razom, rapaz e cara di lata propi
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