21.6.10

Segunda,Versão

Vamos lá fazer um exercício de imaginação.

Deram à costa mais de 50 cachalotes na ilha de Santiago. Logo a seguir outros 40 tem a mesma sorte (azar, aliás) na ilha do Sal. Isso já são 90. Isso já é uma população. Agora imaginem que, uma pessoa armada entra numa escola e mata 90 crianças! Ou essa pessoa armada vai a uma dessas aldeias que não tem mais que 300 pessoas e mata 90 deles. Chocante? Sim, é chocante. É mais que isso; é revoltante. Mais revoltante ainda se não conseguimos apanhar o homem. Continuam de olhos fechados. Esses homens, os que matam cachalotes (sem querer, claro!), andam por aí, nas nossas águas. Não sabiam?! Pois, ninguém sabe quantos homens e barcos e sonares e mais outros métodos terríveis de arrasar a vida marítima andam por aí. Ninguém sabe. E duvido que alguém queira saber. Queremos lá saber se sentamos à mesa com ditadores sanguinários? Queremos lá saber de onde vem o dinheiro e os prédios que se constroem por aí? O que é a natureza perante a necessidade urgente de facturar. É uma leitura simplista? Sim! É porque é simples.

A ética será a mais árdua tarefa a empreender, para depois nos orgulharmos de ser povo.

1 comentário:

PIDE-mindelo disse...

Caro Cesar, mais uma vez obrigada por dar a estampa esses assuntos que mexem com o quotidiano mas que são esquecidos quotidianamente. Olha, as baleias assim como o homem, ainda são um mistério, aquilo que fazem, que pensam,...Quando a NATO chegou cá, não bateu, simplesmente entraram. Fizeram os "exercicios", os testes e foram-se embora sem dizer "por favor fechem-nos a porta" è claro que não podemos esquecer de referir que o mistério das baleias ainda está por desvendar, o porque do suicidio colectivo, que acontece em muitas praias, mas a diferença é que nós não estamos preparados para "ajuda-los" a livrarem-se de cometer tal acto, porque vamos logo com facas a cortar pedaços de carne dum animal ainda a respirar, a suplicar por ajuda. Mas eu pergunto: como é possivel tanto animal, com o porte que tem dar as praias e ninguem dar por eles na hora em se pode fazer algo?