28.4.11

O erro de Freire, Abraão e Cia

Na bancada do MPD alinham jovens na primeira fila, o que é bom, o que não acontece muito no PAICV. Mas isso realmente seria uma boa nova, se essa geração, que nasceu num contexto de paz e independência, que passou a juventude na maior paródia, fosse uma geração com um discurso novo. Não! Pelo contrário, entraram na política no mesmíssimo registo que os seus manhosos mentores. Um registo da extrema agressividade, de falta de pudor de adjectivar o Primeiro-Ministro do país abertamente (não rapazes, não estamos em campanha, não é o presidente do partido adversário, é uma figura de Estado de suma importância).

Faz-me pensar no bébé de 2 anos que morre com bala no olho, ali mesmo ao lado do Parlamento. Faz-me pensar na violência que temos lá fora e faz-me pensar que: a violência na nossa sociedade é um fenómeno amplamente enraizado nas nossas cabeças: do intelectual, ao pobre desgraçado. Não há fino trato em lado algum!

10 comentários:

Paulino Dias disse...

Bingo!, meu caro...

Anónimo disse...

César parece aqueles adeptos do porto: tudo quanto faz o benfica é mau, tudo quanto faça o porto é certo e vice-versa. Paicv está autorizados à merdas que quiser, tem sempre um intelectual de enésima categoria, barbudo sempre a dar-lhe o beneficio. Afinal, quem não mostrar serviço tem duas saídas tiro na cabeça ou fome na barriga. Cécsar, cá entre nós, tu estás com manias de quê, afinal...pensador, não! Pensa na violência, por hipocrisia e não chama o teu PM para pedir-lhe segurança para os nossos filhos. César, você acha que sou a garantir a segurança daqui de Boston. Porque não escrevas no teu, exigindo responsabilidades ao teu partido. Ah, já sei, intelectual não tem partido, tem opinião partidarizada. César, não vamos agora tentar enganar a ninguém. Fomos colegas do liceu e todos sabemos quem é quem. Podes até enganar ao JMn, (e quem não o engana!), mas a mim não!

cesario lopes

Anónimo disse...

Oh César, não entendi, sinceramente tua reacção, a sua mágoa, o que pretendes. Não se esperava que você elogiar nada que proceda do MpD, da mesma forma que não criticas os crimes, os demandos, a corrupção, o nepotismo de que beneficias do Paicv. Afinal, esses "intelectuais" de qualquer, quase todos fazem parte da corja que corruptos que vivem à custa da pobreza e da miséria do povo. Que JMN é malandro, todos sabem excepto você. Não entendo que queira assumir as dores do JMN. Deixe lá de ser idiota meu caro. Os deputados foram ao parlamento para ouvir do governo, o que este tem para nos oferecer, não para prometer, durante esses próximos anos. Acontece que JMN não se preparou e levou o que tinha a levar e parece que, o malandro até consegue se disfarçar e você não, e, cinicamente liga a tragédia da família do Brasil à sova que JMN levou do Veiga. Eu não sei porque razão, esses gajos do Paicv, sempre que o Neves leva, eles saem em defesa. Foi assim com Germano Almeida, com Zé António dos Reis, com Rui Araújo & Cia. Neves insulta mais 42 por cento do eleitorado, eles ficam calados. São, na verdade, um bando de puxa-saco de profissão, que, de tempos em tempos, querem mostrar ao Neves, que apesar das merdas que ele faz, diz e manda dizer, esses capaganas estão do lado dele, para que, seja assegurado o tacho. Para quem, como o César, tem como admirados, o criminoso Felisberto Veiga, o criminoso José Maria Neves, o criminoso Sidónio Monteiro e outros saco-azuis da pátria, parece que César está na virada entre a racionalidade demente e demência racional. César, para terminar, sabes que perdes tempo, que as tuas baboseiras têm lugar cativo, mas noutro lugar. Ainda te falta muita coisa, menino para seres ouvido. Para teres uma ideia, li teu apontamento, no banheiro, isso graças às facilidades que a Dell coloca à minha disposição.


Bernard_Shau

Cesar Schofield Cardoso disse...

Cesário Lopes, Bernard Shau, será que leram o post?

Anónimo disse...

e isto?
http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/detail/id/24472

Anónimo disse...

Acho que nao sabes o que é violência, quando fazes comparaçao com a violência "la fora". Referes-te como é obvio à violência que se vê actualmente na Africa do Norte ou aquela da Costa do Marfim.

Ora bem, estás pois a exagerar e de que maneira!

Se é em relaçao a outra violência, tens que ser mais rigoroso e situa-la para se poder comentar.

E' que o que ha em Cabo Verde é violência verbal, e para a tua informaçao ela nao chega a igualar a violência verbal que ha no Parlamento italiano onde de vez em quando ha inclusivé troca de murros; nao vês televisao caramba?!

Ela nao é também igual aos debates na assembleia da republica, onde antes do seu govenro cair, Socrates fartou-se de chamar nomes feios ao pessoal do PSD. Volto a perguntar nao vês TV caramba.

Ou ainda ela nao chega aos calcanhares do que se passa pela França, onde a oposiçao socialista e a extrema direita chama nomes feios ao Presidente Sarkozy, chamado de bandido e maltrapilho, cornudo, corrupto, vendido aos meios dos negocios, etc pela imprensa.

Pergunto mais uma vez: nao lês a imprensa francesa? Nao lês a imprensa inglesa das mais violentas em relaçao aos politicos??

Oh César, é o que eu digo tu falas de cor; tu consegues irritar-me porque tu és duma ligeireza fora do comum.

Em que mundo vives?!!

Oh rapaz, aquilo la na minha terra é uma brincadeira, é um gozo.

Se fosse em França, o teu primeiro ministro, era achincalhado pela imprensa todos os dias, por causa das suas mentiras cronicas, que ele ja estava doido.

Mas tu sabes o que é liberdade de expressao, rapaz?!

Lê Canard enchainé, Bakchice, Marianne, para veres como tratam Sarkozy chamado de anao, ditador, Napoleao de pacotilha, nervoso, epidérmico, enfim, nomes que vao muito bem à "tua figura de Estado", como tu dizes, pensando que falas para atrasados mentais.

Mas em que mundo vives? Nao lês mesmo a imprensa senegalesa aí ao lado para veres como trata Abdulaie Wade e o seu filho?!!

Decididamente criol é so bazofaria!

Anónimo disse...

César, como tu sabes, o crioulo médio passa a vida a ver para Angola como um país potencialmente rico, mas edxtremamente pobre por causa da guerra e da corrupçao e onde nao ha liberdades de imprensa e de expressao.

E mais: esse crioulo médio pensa que em CABO vERDE ha mais liberdade de expressao.

Pois bem, César, nao sei se sabes isto é mentira.

Ponho-te aqui um link de um jornal que se publica ha anos em Angola, A Folha 8 para veres e para esse tal crioulo médio que visita o teu blogue, ver como William Tonet critica e desanca forte e feio ha anos em José Eduardo.

Aproveita ja agora e lê outros artigos de opiniao nesse mesmo site sobre os politicos no poder em Angola, para tomares tino, e ficares a saber de vez que crioulo é so bazofaria e muita garganta.

Aqui está o link para copiares e leres:

http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=7531:a-incapacidade-de-jes-nao-e-combater-a-pobreza-mas-os-pobres-william-tonet&catid=17:opiniao&Itemid=561

Anónimo disse...

A vida está e vai muito para além da política. Contudo, depois da sessão plenária da A.N. estou extremamente preocupado com a propagação de um certo modus de análise da vida política e dos seus actores.

Parece-me que existe um discurso dominante e que tomou conta da nossa classe média e dos nossos intelectuais da praça. Esse facto é tão real que os mesmos se acham até no direito de “pedir contas” às opções estratégicas dos próprios actores políticos. O perverso de todo esse imbróglio é o não reconhecimento de que são mensageiros, não só do discurso dominante como também são vitimas/portadoras do discurso autorizado. Essa negação é evidente em pequenos pormenores. Primeiro, a recusa de simpatias e opções politica por parte de quem se quer afirmar como opinion maker ou intelectual (tentativa de se mostrar imparcial). Segundo a rejeição de que se querem afirmar como opinion maker ou intelectual. Terceiro a separação de águas entre a política e a sociedade, o que muitas vezes desemboca numa atitude de subvalorização da classe politica com base de que “os cidadãos trabalham para pagar a boa vida dos políticos”. Isso no pressuposto de que os políticos não trabalham. O que é no mínimo ridículo e a demonstração de que o desinteresse geral da classe média e dos intelectuais das instituições centrais da politica é a causa de muitos males que são consequência de má gestão política.

Está assente de que muitos cidadãos embora procurem constantemente os favores dos políticos para a realização das suas necessidades pessoais (empregos, contratos preferenciais com o Estado, cunhas, adjudicações, contratos de prestação de serviço…etc, etc, etc) não os respeitam, nem os responsabilizam do ponto de vista intelectual. Fica também assente que esses portadores do tal discurso dominante, que a par do discurso autorizado (vide as intervenções dos deputados do PAICV no plenário), formam o grosso do “stablishment”, da organização do poder vigente. No Fundo, verbalizam o discurso, os princípios, os anseios e os ditames da oligarquia que detém o poderem Cabo Verde.

É interessante notar que o discurso dominante, embora represente o poder, não é necessariamente autoritário, violento ou mesmo negativo. É o caso do discurso enraizado de José Maria Neves que emprega uma forte carga emocional, utiliza o afecto como forma de captar a atenção e utiliza eficazmente um conjunto de conceitos técnicos no sentido de dar conteúdo aos seus discursos. JMN foi também treinado para trabalhar a sua tonalidade de voz incutindo várias velocidades, tons e usando a pausa como forma de sublinhar assuntos ou conceitos importantes. O nosso primeiro-ministro tem o mérito de ter conseguido recompensar bem os nossos quadros superiores, os nossos intelectuais que fazem opinião, de ter conquistado a simpatia da classe média que é por natureza avessa a mudanças.

Em suma, eu como deputado da oposição reconheço no Dr. José Maria Neves um adversário altamente qualificado, politicamente sagaz e um adversário político exigente para qualquer partido político. Claro que JMN tem as suas fraquezas, mas isso não é assunto para um post. Por outro lado ter um líder do governo forte obrigou a sociedade cabo-verdiana a pagar um alto preço: a morte da sociedade civil, a subjugação dos jovens quadros ao poder do sistema e a morte da consciência crítica.

Para terminar, digo apenas que sei de cor (porque faz parte de um quadro bem definido de respostas) como o poder dominante pode através de um conjunto de mandatários tentar desconstruir este post. Nada criativo, tratando-se de meras colagens.

Abraão Vicente

Cesar Schofield Cardoso disse...

Caro Anónimo que assinou como Abraão Vicente, espero mesmo que seja o verdadeiro Abraão Vicente e se for vou já agradecendo o tempo para tecer essas considerações.

Vou comentar um único ponto, que, embora não esteja claro, parece insinuar o seguinte: que determinadas pessoas fingem-se de imparciais, mas são, consciente ou inconscientemente, portadores de um "discurso dominante". É este aspecto de "discurso dominante" que chega a ser quase insultivo. Se fores o verdadeiro Abraão sabes que, juntos, uma vez, tentamos construir um discurso novo em que tu eras dos mais inconformados, discursos esse diversificado, vendo para várias direcções, escutando o que se passa no mundo, um discurso voltado para a cultura e a cidadania...enfim, tudo menos um discurso monolítico; tudo menos deixar-se levar pela corrente. De maneira que não posso perceber essa leve insinuação de "portador de discurso dominante". Simpatia política todos tem e parece-me que não escondo o meu. Na hora do voto, é quase passional e isso é para todos! Porque somos humanos, logo emocionais. Outra coisa diferente é alinhar-se por um grupo de pessoas, ideias e comportamentos.

O Parlamento CV continua a ser uma extensão da nossa baixaria na vida real. Estamos a viver um CV deselegante, onde se adjectiva as pessoas facilmente, onde se joga sujo facilmente, onde há batota e falta de escrúpulos e isso tudo se reflecte no Parlamento. Sim Abraão, estou decepcionado com toda a nossa geração que não soube dar o corte, preferindo alinhar uma "acção dominante".

Obrigado

Anónimo disse...

Eu nao acredito, que a pessoa que assina Abraao seja de facto Abraao! Caso contrario nao se compreenderia o que é que Abraao está a fazer no MPD.

Ele estaria melhor no PAICV, até porque ele teve afinidades com esse partido no passado.

Eu acho que Abraao deveria vir aqui, através de um meio fidedigno, sei la um contacto directo com César, confirmar ou infirmar que ele é o autor desse post.

E' porque nao estou a ver Abraao a fazer os elogios que fez ao Zé MARIA. Elogios sem razao de ser e que nao correspondem à verdade.

Se Abraao escreveu o que escreveu sobre Zé Maria é porque nao percebe nada de sociologia politica.

Zé Maria, usa sim senhor de maneira abusiva conceitos de Management como competitividade, paradigmas e outras coisas do género mas de maneira anarquica, sem qualquer competência técnica.

Ele usou por exemplo no ultimo debate, o conceito de "plano" para Cabo Verde, que é um conceito do conceituado editorialista do New York Times, que escreveu um livro cujo titulo traz esse conceito de plano, mas sem contextualizar como deve ser.

Zé Maria, nao domina alias esses conceitos. Portanto é mentira o que esse tal de Abraao afirma neste post. E o grave, é que reparei que muitos dirigientes e militantes andam a copiar os tique de fala de Zé Maria, falando a torto e direito de paradigma, sem saberem por exemplo que é o sociólogo inventor do conceito.

Eles lançam palavras para fora da boca sem saberem o que estao a diZer.

Nao estou a ser maozinho, mas Zé Maria, é um praticante descarado do plágio e nao o que diz. Ele estudou Administraçao publica, portanto algumas técnicas de direito administrativo para ser um funcionário publico e nao para ser um gestor de marketing ou business administration. Ele nao pode pois conhecer bem as ferramentas de Gestao do conhecimento e de recursos humanos.

Alias razao pela qual ele nao entendeu o conceito de "plano".

Conclusao: acho que o César deve confirmar rapidamente se o post é mesmo do Abraao, porque se for, o que nao acredito, (alias a técnica de escrita é diferente dos escritos que o Abraao nos habituou) isso é grave.

E' que esse falso Abraao, vai a ponto de dizer que Zé Maria que estudou Administraçao teria conhecimento de técnicas de voz, sabendo colocar a voz, e dominando a técnica de entoaçao e de silêncio, o que é rigorosamente falso.

Zé Maria é um ignorante dessas técnicas e em administraçao no Brasil nao se aprende nem sequer a discursar em publico.

Nada de sonhar, porque Zé Maria, nao tem nenhuma especialidade com ele; alias viu-se no ultimo debate no Parlamento em que tive pena dele. O Veiga, reduziu Zé Maria à expressao minima da sua ignorância e incompetência.

O meu discurso como é obvio nao se enquadra nesse eixo descrito pelo tal Abraao, pois eu nao tenho partido e como ja disse ao César nem vivo em Cabo Verde. Eu nao aceitaria alias nunca ser membro de um partido em CVerde, sob ordens de politicos caboverdianos.

Honestamente nao vejo ninguém no mundo da politica em CV para ser meu chefe.

Eu sou dono da minha cabeça, sou dono do meu pensamento, sou o meu Mestre.