Foto: Alessandro Citti
É público. Não gosto do Natal, por imensas razões, uma das principais por ser uma pressão comercial insuportável. Quem não puder comprar as prendas todas, fazer aquela festa recheada e vestir roupa nova, fica infeliz. É um conceito que não vou aceitar nunca. Não consigo conceber esta data, que em teoria tinha de ser de humildade, de introspecção, de partilha, de solidariedade e de todos os outros sentimentos de proximidade humana, se esteja a tornar um feroz arrebentar de dinheiro. Até as discotecas vem se tornando o ponto mais alto do Natal, pelo menos na minha cidade, enquanto que antigamente eram um "pecadinho" discreto após o jantar em família. As dezenas de contos que alguns vão gastar, sem ao menos oferecer um saco de roupas usadas a uma organização beneficente, faz-me uma imensa confusão. Dizem que noventa por cento da população é crente. Crêem em quê?
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