O pedante não sabe onde por as mãos, tá sempre de mãos no bolso. Galgar a sociedade inclui ganhar bem e frequentar meios requintados. Lançamentos de livros, exposições de arte, espectáculos musicais, tipo jazz, dueto de cordas, ou um solo de piano, é onde o pedante entra em sofrimento. Em tais circunstâncias, não opina muito, concorda só, sim, sim, foi bom, ou, sim, sim, foi mau, dependendo da opinião maioritária . O pedante vai sempre de calças de bolsos largos, para enfiar as mãos rapidamente, senão não saberia o que fazer com elas. Tem sempre umas citações decoradas e até consegue memorizar uma data de nomes, numa conversa está sempre próximo dos líderes e vai endossando as suas opiniões, dando uma impressão que está por dentro do assunto. O pesadelo, para o pedante e para o ouvinte, é quando é compelido a opinar com mais de dez palavras Pela sua forma de vestir, de imitar os outros e, normalmente, pela posição que ocupa, é um ser que consegue impressionar muita gente, mas para quem sabe identificá-los, não existe espectáculo mais deplorável que vê-los a desfilar sem sequer desconfiar da figura debilóide vezes fazem.
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