15.6.09

Blogjoint: A participação do cidadão na vida pública e o dever de votar

Somos cidadãos. Todo o homem moderno é cidadão, pelo simples facto de vivermos numa república, numa cidade, em democracia. É dignificante e é bem para todo o ser humano que tenha uma parcela de decisão sobre a gestão do "bem comum", ou a "coisa pública".

No entanto, este bom que é ser cidadão obriga ao sentido da responsabilidade que cada um deve ter um relação ao "bem comum". Esta parece ser uma ideia que nem todos tem, outros tem-no vagamente, outros sabem muito bem disso, mas não se estão para chatear e, finalmente, os que sabem disso e procuram exercer o direito e o dever de participar das decisões do bem comum, ainda é tido como um "agente perturbador do sistema", porque, parece-me, a "coisa pública" continua a ser gerida autocraticamente.

Para mim, duas ideias que precisam ser corrigidas/promovidas: ensinar efectivamente a todos o que é ser cidadão, com os direitos e deveres; exigir que cada um exerça a sua cidadania muito mais além do que no momento das eleições. Quanto ao último, quanto mais o cidadão recebe do "bem comum" (educação, emprego, regalias, prestígio, etc) mais tem o DEVER de exercer a cidadania.

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8 comentários:

Anonymous disse...

Concordo em parte com o oteu post , mas queria acrescentar (em jeito de questão)se abstênçao não fara parte do exercio de cidadania?sera que podemos deduzir que uma grande abstênção sera prova de um certo mal estar em relação ao "sistema" ,que é uma sanção ao sistema politico?e que apartir de 40 % retira a credibilidade a qualquer escrutinio...Penso que deveria haver uma maior visbilidade dos abstencionistas...

Hiena (do partido dos abstencionistas, brincadeira!! )

Fonseca Soares disse...

César, mais do que ensinar o que é ser cidadão... ensinar o que é 'servir a coisa pública'... e consequentemente os políticos em geral enviarem sinais claros à sociedade, de um bom exercício do bem público(sério e responsável).

JB disse...

Muito vago, meu caro, muito vago. Costumas ser mais certeiro (e já sei que me vais dar na cabeça, mas pronto, lá terá que ser)...

geracao20j73.blogspot.com disse...

Sublinho a sua ideia do dever, mas o dever é também ela política. Os políticos deviam defender a política com sendo algo nobre e valiosa. Existe um descrença generalizada por parte dos cidadão no que diz respeito a política.

Edy disse...

César,enquanto o cidadão não interiorizar essa "pedagogia",o que se pode fazer?O cidadão é "obrigado" a pagar os impostos e tem mais inúmeros outros DEVERES..numa situação de total "desresponsabilização",como dizes,acho que o cidadão deve ter o dever a votar...é apenas mais uma forma de contribuirmos para a democracia...

Amilcar Aristides - TIDI disse...

Oi César, comecei por discordar com o que dizes, mas no final estamos de acordo.

Há que se ensinar o sentido da democracia, do ser cidadão e do exercício da cidadania.

Ao contrario de quem apela ao voto obrigatório, o cidadão consciente não precisa que se lhe imponha uma decisão. A participação é natural.

Obrigação é ignorar toda a maravilhosa capacidade do ser.

abrx

Edy disse...

Muito filosófico Tidi..infelizmente,em alguns países muito mais desenvolvido que o nosso,onde existe esse cidadão consciente,a abstenção também é elevado.Vai se ensinar a quem já conhece os seu direitos e deveres?

Anonymous disse...

Votei obrigatoriamente no meu país de adopção. Não me senti agredida intelectualmente, forçada fisicamente ou qualquer outra coisa. Simplesmente me fez interessar à politica do país e ter uma ideia clara dos meus deveres civicos. Assim como estar consciente do lugar que ocupamos como cidadãos.
O resto é como em tudo nada é perfeito nem os sistemas nem os politicos. Mas vale a pena se interessar, votar, aprender e que a melhor maneira de mudar alguma coisa é a acção. Ficar em casa a dormir é que não...

moreia