São ou não são caboverdianos, Sara Tavares, José Luís Tavares, Carmen Souza e tantos outros, que nasceram cá, cedo sairam de cá, outros nem nasceram cá, mas todos teimam em chamar para si o apelo da caboverdianidade.
Caboverdianidade? Que é isso? Um estado de alma, uma condição, um passaporte ou uma bandeira? Qual é a fronteira em que se passa de caboverdiano a não-caboverdiano? E será que, em tal mundo de hoje faz sentido procurar as enseadas por onde traçar fronteiras? Não será suficiente, como me disse Tambla, só dizer: "meu nome é César e tenho uma coisa a dizer". Se nasci na Suécia ou na Malásia, interessa lá isso alguma coisa?
Cenário: concurso de vozes; vem a Sara Tavares e ganha. Imaginem só o coro de protestos: "Ela nem é caboverdiana!". Mas se não é, porque razão repetimos todos os dias: Cabo Verde são 11 ilhas: as 10 do arquipélago e mais 1 da diáspora? Porque razão, petulantemente, dizemos: a língua portuguesa é também a nossa pátria? Porque raio achamos: somos cidadãos do mundo?
Caboverdianidade? Que é isso? Um estado de alma, uma condição, um passaporte ou uma bandeira? Qual é a fronteira em que se passa de caboverdiano a não-caboverdiano? E será que, em tal mundo de hoje faz sentido procurar as enseadas por onde traçar fronteiras? Não será suficiente, como me disse Tambla, só dizer: "meu nome é César e tenho uma coisa a dizer". Se nasci na Suécia ou na Malásia, interessa lá isso alguma coisa?
Cenário: concurso de vozes; vem a Sara Tavares e ganha. Imaginem só o coro de protestos: "Ela nem é caboverdiana!". Mas se não é, porque razão repetimos todos os dias: Cabo Verde são 11 ilhas: as 10 do arquipélago e mais 1 da diáspora? Porque razão, petulantemente, dizemos: a língua portuguesa é também a nossa pátria? Porque raio achamos: somos cidadãos do mundo?
6 comentários:
Isto parece-me mais com inveja. Não damos bem com o sucesso do outro. Não conseguimos sorrir com o sucesso do outro. Se o outro é bom temos de encontrar qualquer escapatória para nos defendermos a nossa fraqueza. Ou o gajo não é cabo-verdiano ou aquilo que ele faz não é cabo-verdiano. Já agora quem me conseguir enumerar alguma coisa que é genuinamente cabo-cabo-verdiano paga-lhe um café, mesmo que tenha que roubar todas as cafeteiras do João Branco.
A nacionalidade pouco importa, não nos define em nada, ao contrário da cultura que vivemos e sentimos!
"Nôs tud nôs ê criol..."
Pa Rony: criola (ou a mulher mais bonita do planeta) é genuinamente caboverdiana!
Peps,
quando a mais bela concordo consigo, só que esta mulher é mistura "raça". Eu acredito que não há nada, mas posso estar enganado.
quanto a mim ser é sentir... e ter a certeza desse sentimento.
Apesar de estar sempre a ser questionada como isto ou aquilo eu não tenho dúvidas do que sou.
No entanto trata-se de uma discussão muito interessante que merece toda atenção.
Bom mote César!
Peps, nota 10 (brazuca's nota..)
Cabo Verdiano é a própria mistura, na sua plenitude. Sejemos abertos à diferença pois só assim conseguimos cumprir a essência do Cabo Verdiano. A nossa maior virtude tem que ser a nossa capacidade de integrar...
Zezito
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