3.6.09

O meu poeta

(Não sabia a imagem era de quem. João Branco, desculpas)

Para mim já era. Agora é para o mundo: o maior poeta contemporâneo de CV.


Finalmente um grande e tremendo abanão na literatura CV. Finalmente um corte, a bisturi, de maneira na não ficar uma ponta de possibilidade de confundir Arménio Vieira com continuação de alguma coisa que seja. Já ouvi tantas coisas estapafúrdias, do tipo "continuação de Claridosos". Não! Este poeta não é continuação de nada. É, junto com João Vário, José Luís Tavares (curiosamente todos "desalinhados" da intelligentia vigente), uma derrocada nova.

Se calhar agora esses gajos da política, que andam por aí a se posar de poetas, passem a citar versos de AV, em vez dos velhíssimos hinos dos poetas velhos, nossos, consagrados, mas velhos. Duvido no entanto que estejam preparados a repetir o que diz AV. Duvido que estejam preparados para o ouvir. Mas vão seguir os grandes shows de felicitações, como é da praxe e da oportunidade, claro!

Depois de Cesária, é um dos maiores reconhecimentos que a Cultura CV podia receber, vinda do exterior, para não variar. Vales cada euro do prémio, caro caboverdiano, Arménio Vieira.

2 comentários:

Anonymous disse...

Se conhecesses a poesia de Arménio não falarias em poetas velhos... Ele venera esses que pateticamente chamas de velhos... não consegues ficar simplesmente contente e bater palmas ao teu país??? Doentio para não dizer paranóico.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Ó Anónimozinho, uma coisa é referenciar os poetas velhos (velhíssimos) como faz Arménio, José Luís Tavares, outra coisa é referenciar poesia velha. Consegues intender isso? O Arménio faz imenso uso da mitologia grega e romana, para falar de coisas muito presentes. Arménio, é contemporâneo (na minha óptica, atenção) na temática, na maneira de apresentar as coisas.

Doentio é essa incapacidade de deixar cada qual expor a sua opinião e contrapor com uma outra opinião. Entras aqui, não deixas uma ÚNICA ideia!...Isso sim, é doença, Anónimo.

Eu, as minhas ideias, correctas ou tortas, expilo-as para fora, porque cá dentro não servem de nada; não crescem, não melhorarm. Pondo-os para fora, se tiver sorte de ter uma mente superior a ti a contrapor-me, terei hipótese de as melhorar.