O compadre Baluka e a comadre Jandira casaram-se!
O cenário não podia ser mais pitoresco. A Conservatória de Registos da cidade da Praia, o local onde se celebra tão simbólico acto fica no coração do maior mercado a céu aberto do país, o mercado da Sucupira, sítio onde se vende de tudo, até a alma se for o caso. A Sala de Actos, é assim que se chama o sítio sagrado, está num beco. A montante inúmeras senhoras e as suas roupas espalhadas pelo chão. A jusante uma carrinha de caixa foi transformado em talho. Metade de uma vaca pendurada ensanguentada, uma balança sebosa, um facão, machado e um temeroso homem que vocifera a venda. Aplica umas valentes pancadas no animal, pesa um pedaço de carne e osso, vende. Continua a apregoar a sua venda, de forma quase que intimadora.
No beco que dá acesso à Sala de Actos, é outro frenesim, da linda e jovem noiva que estará prestes a concretizar vários contos de infância. E o noivo, o meu compadre, com ares de dominar a cena, impecável no seu fato. Cerimónia singela, um Conservador que tinha um tanto de solene e um tanto de despachar mais um acto, profere umas palavras moralizadoras: no casamento há duas chaves: a primeira é o amor, naturalmente; a segunda é o respeito. É sim. Sábias palavras e termina o acto. A comadre lava as emoções com lágrimas. Abraços. Fotografia. Saímos do sagrado lugar, por meio das rabidantes, os bidons, as barracas e os vendedores a fisgar todo o possível comprador, mesmo um que esteja a celebrar uma fantasia de todos os tempos: o casamento.
O jantar foi gostoso, de profundo amor e amizade. Gente nossa, que nos viu nascer, conta-nos como viveram, cresceram brincaram, casaram-se também. Gente que encontra sempre alguma réstia de parentesco ou recordação das esquinas da infância. Somos todos ramos e folhas de uma única árvore.
Que os anos a vir tragam mais momentos de comunhão da família, da amizade e do amor.
O cenário não podia ser mais pitoresco. A Conservatória de Registos da cidade da Praia, o local onde se celebra tão simbólico acto fica no coração do maior mercado a céu aberto do país, o mercado da Sucupira, sítio onde se vende de tudo, até a alma se for o caso. A Sala de Actos, é assim que se chama o sítio sagrado, está num beco. A montante inúmeras senhoras e as suas roupas espalhadas pelo chão. A jusante uma carrinha de caixa foi transformado em talho. Metade de uma vaca pendurada ensanguentada, uma balança sebosa, um facão, machado e um temeroso homem que vocifera a venda. Aplica umas valentes pancadas no animal, pesa um pedaço de carne e osso, vende. Continua a apregoar a sua venda, de forma quase que intimadora.
No beco que dá acesso à Sala de Actos, é outro frenesim, da linda e jovem noiva que estará prestes a concretizar vários contos de infância. E o noivo, o meu compadre, com ares de dominar a cena, impecável no seu fato. Cerimónia singela, um Conservador que tinha um tanto de solene e um tanto de despachar mais um acto, profere umas palavras moralizadoras: no casamento há duas chaves: a primeira é o amor, naturalmente; a segunda é o respeito. É sim. Sábias palavras e termina o acto. A comadre lava as emoções com lágrimas. Abraços. Fotografia. Saímos do sagrado lugar, por meio das rabidantes, os bidons, as barracas e os vendedores a fisgar todo o possível comprador, mesmo um que esteja a celebrar uma fantasia de todos os tempos: o casamento.
O jantar foi gostoso, de profundo amor e amizade. Gente nossa, que nos viu nascer, conta-nos como viveram, cresceram brincaram, casaram-se também. Gente que encontra sempre alguma réstia de parentesco ou recordação das esquinas da infância. Somos todos ramos e folhas de uma única árvore.
Que os anos a vir tragam mais momentos de comunhão da família, da amizade e do amor.
2 comentários:
César, obrigado!
É que desta forma pudemos rusgar um pouco dês festa bedju!
Toda a felicidade para o sr. Brazão e esposa! ;-)
Este é o retrato de contrários em combinação. E, só não digo despido (nú) porque dependurados estão os Registos e os Actos a Conservar entre os "Restos","Rachas", "Roupas", "Becos" e o toca a "Despachar". Tudo, Reencarnação de "Sangues" e de "Silêncios" que "Mexem". Com Vida em "Comunhão", portanto... Sublime Retrato! É de facto pictórico este "Cenário Cerimonial".
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