Esses são meios contemporâneos de expressão da arte, que fazem todo o sentido em sociedades onde esses meio são naturais como a distribuição da electricidade e são tão presentes que os cidadãos dessas sociedades nem se imaginam a viver sem eles. Muitas vezes ouvimos falar em "linguagem conteporânea". Muitas vezes já ouvi curadores dizer que Cabo Verde está muito afastado das novas linguagens. Eu próprio o digo.
Mas também ponho-me a reflectir: numa sociedade como a nossa, meio urbana, meio rural, em que existe ainda criação de porcos em edifícios urbanos, em que se confundem hábitos de cidade e de campo, em que a electricidade é coisa incerta, em que o estado geral das discussões, do Parlamento, às esquinas e praças públicas, roça a cuscuvilhice, em que a Internet paga-se a preço de ouro, falar em determinadas linguagens não entra em contradição com a realidade? Mas eu próprio sou um fanático dessas novas linguagens! O facto é que tenho acesso à Internet, estou actualizado com cada nova inovação que vai aparecendo por este mundo fora, acompanho artistas quase que diariamente, tenho hardware e software e vou fazendo. Mas como passar isso à sociedade? Ou então, como ler isso e adaptar a linguagem?
Constato que: adoptando linguagens ou transformando-as, o facto é que a discussão precisa ser discutida (pleonasmo prepositado)
Mas também ponho-me a reflectir: numa sociedade como a nossa, meio urbana, meio rural, em que existe ainda criação de porcos em edifícios urbanos, em que se confundem hábitos de cidade e de campo, em que a electricidade é coisa incerta, em que o estado geral das discussões, do Parlamento, às esquinas e praças públicas, roça a cuscuvilhice, em que a Internet paga-se a preço de ouro, falar em determinadas linguagens não entra em contradição com a realidade? Mas eu próprio sou um fanático dessas novas linguagens! O facto é que tenho acesso à Internet, estou actualizado com cada nova inovação que vai aparecendo por este mundo fora, acompanho artistas quase que diariamente, tenho hardware e software e vou fazendo. Mas como passar isso à sociedade? Ou então, como ler isso e adaptar a linguagem?
Constato que: adoptando linguagens ou transformando-as, o facto é que a discussão precisa ser discutida (pleonasmo prepositado)
2 comentários:
O Mito é um pioneiro nisto tudo...temos é que criar pontes, que garantem continuidade e público sobretudo.
É a velha questão: Cabo Verde não tem arte contemporânea, mas tem artistas contemporâneos. A questão da arte em CV é que, para os que estão adiantados em relação à sociedade CV, só são plenamente compreendidos no estrangeiro. Considero que já é tempo de também este reconhecimento começar a se fazer dentro de casa. Cabo Verde já tem um nível de desenvolvimento económico e social que não justifica este atraso intelectual.
Penso eu de que.
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