O projecto Blogjoint regressa. Os jointers não quiseram desistir tão rápido e, sinceramente, encheu-me de alegria saber que a geração desanimada vai dando lugar a uma geração batalhadora.
O tema desta semana é o Desemprego. Bem, isso pode ser visto de diversas maneiras, essencialmente técnicas, com grandes teorias económicas que o expliquem, mas também pode ser entendido de forma básica, diria até naive, como sendo...falta de trabalho, nada que fazer, braços cruzados.
É evidente que num Estado moderno, esperamos que seja o Estado a promover o emprego, tanto público como privado. "Esperamos" é a palavra chave. Muitas vezes o Desemprego (problema sério) parece-me tão somente como um sistema de esperas. Os agentes estão a espera de medidas de política, os cidadãos estão à espera de serem chamados a trabalhar, o próprio Governo está a espera que a conjuntura melhore ou que os investimentos se façam, e por aí adiante. Isso já se torna um cliché, mas repetimo-lo: e o empreendedorismo? Qual é o significado desta palavra? Não quererá dizer unicamente "despertar nos cidadãos o sentido que devem criar o seu próprio emprego"? Mas que tipo de emprego? Que nível técnico? Que produtos e serviços?
O Desemprego, num país que precisa construir tanta coisa, é filosoficamente contraditório. Por mais que expliquem de forma científica, que existe assim e assado, parece-me sempre uma contradição, ainda por cima numa economia que cresce no nível forte, como fazem crer os números. Sou tentado a pensar que o nosso desemprego é mais uma faceta de desarticulação das políticas.
3 comentários:
meu caro, enquanto o Estado não entender que deve fazer a divisão clara da linha de actuação de cada um:
ESTADO: regulação, fiscalização, legislação, incentivos e penalizações;
e deixar a cargo das EMPRESAS, toda a produção e serviços, seja ela na saúde, educação, ciência, cultura,... tudo, não teremos mais empregos nem mais e melhores serviços e produtos.
Abraço,
Emílio
Olho para as nossas exportações e acho que o que o Governo deve fazer é, rapidamente, fomentar a criação do "Made in Cape Verde".
Demorou para esse made in cabo verde. Estamos em 2010 e ainda estamos nas intenções. Quanto tempo ainda vamos esperar para uma termos uma industria emergente? Sou a favor de soluções mais software e que já há alicerces. Falo de músicas mas porque n produtos de software? multimédia? internet, enfim..onde de facto podemos conseguir minimizar a distância do fosso. ;)
Enviar um comentário