Foto: iPericentro
Terá a Cidade da Praia sentido que foi atingido por um raio de vários megawatts chamado AME (Atlantic Music Expo)?...Bem me parecia que não.
Pois, aconteceu assim, num flash, o AME. O acontecimento foi de tal maneira grande que não tivemos mãos suficientes para o agarrar. Então, que dizer quando temos reunidos aqui nesta cidade alguns dos maiores produtores da música do mundo, ou influentes jornalistas de grandes meios de comunicação social internacionais, ou até mesmo ministros de cá e do Senegal, nada mais, nada menos que Youssou N'Dour, Ministro do Turismo e Cultura do Senegal e que, por outro lado, tenhamos uma tão pálida presença de músicos e produtores musicais e outros agentes do mundo da música nesse grande evento?! Então?! Chamamos o mundo e não estamos preparados para acolher o mundo?...Cada um terá a sua explicação e até as suas queixas, mas cá por mim o indicador foi: Cabo Verde é tido como um país da música, por excelência. Todos, nacionais e internacionais, são unânimes em afirmar que é desproporcional a quantidade e a qualidade da música CV em relação à dimensão territorial do país. Mas no entanto, desse facto à efetivação de bons negócios para a música CV, vai ainda uma bom bocado. É definitivamente o trabalho chato mas inultrapassável que temos de fazer, nas nossas organizações, na nossa maneira de estar, que tem que passar da boa-camaradagem a parcerias profissionais sérias, sólidas e produtivas. É tal coisa de passarmos do estado da mão-estendida, para meter as mãos e fazermos o nosso próprio desenvolvimento. Mas para isso tudo é preciso abandonar um certo pensamento curto, também, segundo dizem, típico de terra pequena.
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