Esta assisti passando de carro.
No outro lado da estrada vinha uma pessoa conhecida. Armei um sorriso a preparar-me pelo nosso cruzamento. Ao lado da estrada fica um barranco, onde moram pessoas, embora não se as reconheça como pessoas e não se reconheça o barranco como zona e que, tudo juntado, pensamos que barrancos são lixeiras. É o que deve ter pensado a minha pessoa conhecida. Quando já estava pronto para soltar o sorriso, já perto de nos cruzarmos, vejo que sai da janela do seu carro, disparado, uma casca de banana! O choque do inesperado acaba-me com o sorriso. Mas, se não há Deus, há forças misteriosas que nos pregam partidas: a casca foi de encontro a um poste, não caiu no barranco, em cima da casa de alguém, ou em cima de alguém, retornando para a estrada. Ele passou e não me viu, ou fingiu que não me viu, ou tão somente foi apanhado de surpresa pela pequena correcção do destino, que impediu que a casca de banana desaparecesse pelo barranco abaixo e ficasse bem destacado, amarelo, em cima do asfalto.
A vida pode ter continuado, com toda a pose e o brilho do seu carro, das suas roupas, das coisas que tem, que faz e que mostra, mas nesse momento o homem foi pequenino.
No outro lado da estrada vinha uma pessoa conhecida. Armei um sorriso a preparar-me pelo nosso cruzamento. Ao lado da estrada fica um barranco, onde moram pessoas, embora não se as reconheça como pessoas e não se reconheça o barranco como zona e que, tudo juntado, pensamos que barrancos são lixeiras. É o que deve ter pensado a minha pessoa conhecida. Quando já estava pronto para soltar o sorriso, já perto de nos cruzarmos, vejo que sai da janela do seu carro, disparado, uma casca de banana! O choque do inesperado acaba-me com o sorriso. Mas, se não há Deus, há forças misteriosas que nos pregam partidas: a casca foi de encontro a um poste, não caiu no barranco, em cima da casa de alguém, ou em cima de alguém, retornando para a estrada. Ele passou e não me viu, ou fingiu que não me viu, ou tão somente foi apanhado de surpresa pela pequena correcção do destino, que impediu que a casca de banana desaparecesse pelo barranco abaixo e ficasse bem destacado, amarelo, em cima do asfalto.
A vida pode ter continuado, com toda a pose e o brilho do seu carro, das suas roupas, das coisas que tem, que faz e que mostra, mas nesse momento o homem foi pequenino.
2 comentários:
Se te consolar um bocadinho....a casca de banana é biodegradável......se fosse uma garrafa de cola trindade era bem pior....
Pois, quem atira cascas, atira latas (rimou e tudo!)
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