13.10.08

Nova Semana

Imagem: Alexandre Orion

Saiu da hibernação o jornal A Semana. Saiu GORDO! Fez também um ligeiro lifting facial. Uma colecção notável de colunistas. E nas palavras, aquele orgulho de ser (presumo que ainda seja) o maior jornal impresso do país. O grande mérito do jornal A Semana é de ter história, de ter um grupo fiel de colaboradores e de conseguir mobilizar coisas surpreendentes, como os fóruns e a revista, que acabou por morrer à nascença, culpa da linha editorial, acho eu. O que me impressionou neste último número foi o debate entre Carlos Veiga e José Maria Neves: extenso, profundo, elucidativo na forma como as duas figuras pensam e muito, muito assunto para se pensar.

O jornal A Semana voltou. Pode ser que não esteja substancialmente diferente, essa onda das férias não gosto, pode ser que isto, pode ser que aquilo, mas o facto é que é um orgão de informação fundamental entre nós.

Coragem todas as semanas, pessoal!

4 comentários:

JB disse...

Cesar, sublinho o «profundo e elucidativo» na questão do debate entre as duas figuras maiores da politica nacional (de ontem e de hoje), uma iniciativa notável de A Semana e que também me fez - está fazendo - reflectir sobre muita coisa. Um valioso documento.

Anonymous disse...

foi pena n teres esperado pelo 2 numero d'Asemana...
primeira pagina c dirito a parangonas: o assumir da homessesualidade por um jovem da brava...:-( n haveria nada melhor para o jornal mais lido do país???)
o resto do jornal nº dois pós ferias completamente sem sal...
abr

Cesar Schofield Cardoso disse...

Oi Anónimo,

É verdade, e já sabia, que o segundo número não seria aquela coisa!...Mas, é assim, eu estou procurando uma forma, uma justificação, para apoiar todos os jornais impressos do país. Eu adoro o jornal impresso, porque acho que é algo com muito charme: o papel, o hábito, a história...Bem, sei que os próprios jornais não estão dando motivos para os aplaudir. Um bocado atrevimento da minha parte dizer isso, mas acho que os jornais impressos estão em tempo de crise de identidade. Perante a fúria digital, a pluridade de meios de informação e à velocidade das nossas sociedades, esses jornais tem um sério desafio de, publicando só uma vez por semana, virem com alguma coisa que ainda ninguém sabe ou ninguém pensou ou toda a gente já sabe, mas a perspectiva é diferente.

Eu os apoio, porque não suporto a ideia de não ter jornais impressos. Força "A Semana" (o meu predilecto) pela história. Força "Expresso" pelo enorme salto de qualidade. "A Nação" é que precisa mesmo pensar na sua vida.

Anonymous disse...

sinceramente acho que a "furia digital" realmente ameaçará a relação com o objecto (se calhar trará outras, quem sabe...)e as formas impressas (lindas, porque cheiram, fazem barulho, acompanham-nos quase que numa relação intimissima) de comunicação. porém neste momento a gr e princiapl ameaça dos jornais existentes é mmo a sua falta de rigor, falta de isenção, superficialiasmo extremo, comodismo, um mundo de frases e opinióes feitas, falta de originalidade etc etc...enfim acho q uma enorme falta d qualidade...forte abr.