Ler [A Nação, 30/7/2009] e ouvir o primeiro-ministro Neves é sempre um perigo de se ser fintado, tipo bola por baixa das pernas, ou uma oportunidade de se aprender a defender de fintas espertas. A diferença está na concentração. A última do homem é que ele se pauta por ensinamentos de Amílcar Cabral, que diz que os governantes devem actuar com decência, honestidade e paciência. Resta saber se é decente o discurso da finta.
Rodopia sobre si próprio na questão da crise; vai tocando a bola para frente no embate com os empresários da imobiliária turística; dá umas cacadas desimuladas na Oposição; não sabe o que há de fazer entre a redução drástica das receitas fiscais e a forte contestação perante a ameaça de atacar com novos impostos e taxas; enfrenta a difícil questão do desemprego com uma data de fintas de criação de agências e programas; evita literalmente campos perigosos como a Cultura; está em posição vergonhosamente ilegal quando se trata do Ambiente; joga com as expectativas dos jovens, ora prometendo créditos, ora prometendo estágios profissionais; tem uma equipa de suplentes preparada, mas por enquanto mantêm todos os jogadores em campo; esconde o jogo das presidenciais. O homem corre todo campo, com aparente elegância, mas está óbvio que é preciso mudar de táctica.
Para mim, a melhor táctica, num espectro de crise, seria um discurso do realismo: a situação está difícil; os trabalhadores podem ter que baixar os salários para evitar que percam o emprego; o Estado deve reduzir brutalmente os seus gastos; quanto aos maus agentes económicos, não há nada a fazer, a crise os vai engolir. Principalmente, todos devem parar de chorar e ajudar na procurar das soluções mais criativas. Mas nunca esse discurso do tá tudo bem, porque tá é brabo! Sal que o diga.
Rodopia sobre si próprio na questão da crise; vai tocando a bola para frente no embate com os empresários da imobiliária turística; dá umas cacadas desimuladas na Oposição; não sabe o que há de fazer entre a redução drástica das receitas fiscais e a forte contestação perante a ameaça de atacar com novos impostos e taxas; enfrenta a difícil questão do desemprego com uma data de fintas de criação de agências e programas; evita literalmente campos perigosos como a Cultura; está em posição vergonhosamente ilegal quando se trata do Ambiente; joga com as expectativas dos jovens, ora prometendo créditos, ora prometendo estágios profissionais; tem uma equipa de suplentes preparada, mas por enquanto mantêm todos os jogadores em campo; esconde o jogo das presidenciais. O homem corre todo campo, com aparente elegância, mas está óbvio que é preciso mudar de táctica.
Para mim, a melhor táctica, num espectro de crise, seria um discurso do realismo: a situação está difícil; os trabalhadores podem ter que baixar os salários para evitar que percam o emprego; o Estado deve reduzir brutalmente os seus gastos; quanto aos maus agentes económicos, não há nada a fazer, a crise os vai engolir. Principalmente, todos devem parar de chorar e ajudar na procurar das soluções mais criativas. Mas nunca esse discurso do tá tudo bem, porque tá é brabo! Sal que o diga.
1 comentário:
Para esses "empresários" que ficam a barafustar porque pagam impostos leiam isso http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1394986&idCanal=57
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