2.9.09

As (más) políticas

A estrada circular da Praia é uma estrondosa obra, talvez só ultrapassada pela estrada em S.Antão que faz túnel e tudo (como se chama?). Ninguém duvida da grandiosidade dessa obra, mas terá sido uma boa política?

Política, em outras definições, é a melhor gestão possível dos recursos públicos. Temos um grande circular em que passa um carro de vez quando e por outro lado temos uma cidade que quando chove torna o trânsito automóvel impossível. Temos umas quantas zonas da cidade sem uma estrada de acesso digna do nome. O próprio palácio do Governo torna-se um lago devido a um sistema ineficaz de escoamento de águas. É como esses indivíduos que compram grandes e vistosos carros mas moram em casas miseráveis. Andamos a vangloriar de grandes obras públicas, mas vivemos em condições insuportáveis.

Lembro-me da discussão da boa Governação e do bom Governo. A primeira existe (também chamada de Governabilidade) porque somos um país democrático, com instituições do Estado a funcionar (uns mal como a Justiça, mas a funcionar), temos paz e cumprimos os outros requisitos todos para merecer essa classificação. Mas, um país que falha uma das suas políticas essenciais, a política energética, tem um bom Governo?

A minha noite foi um horror por falta de electricidade que me possibilitasse uma ventoinha e um repelente de mosquitos.

3 comentários:

Tchale Figueira disse...

Pois é Cesar, temos politicos brilhantes. Com a estrada Porto novo Ribeira grande mataram toda a micro economia das pessoas do planalto leste... Agua das caldeiras, Corda, etc, que vendiam os seus ovos queijos legumes e outras coisas aos nativos que por ali passavam.Tiraram a estas pessoas o pão. A estrada nas montanhas que é belissima, é agora só para turistas, que não compram queijo nem ovos nem nada. Temos politicos brilhantes como as trevas do desapico do inferno. Porra!!!!

Pss disse...

César tu estás em Cabo Verde. Ou seja eu acredito que por MUITO TEMPO por mais que se fizer vai parecer e saber sermpre a pouco !

Zezito disse...

Bem visto Cesar. O problema está no factor de decisão. Politica de investimento público tem que estar fundamentada no custo benificio deste investimento e não factores outros como por exemplo criar dependencia na Economia. Penso que as obras estão sendo mal balanciadas em termos de custo benificio. Um outro exemplo de obra excessivamente cara e com poucos ou nenhuns beneficios acrescidos são os desvios de São Domingos, alguém consegue justificar-me estes investimentos???