4.9.09

Estado de Emergência de Energia

Mas...ninguém vem a público explicar o que se passa com a electricidade neste país?! O QUE SE PASSA?? Porque passamos 24h sem electricidade? O que está acontecendo Sr.Director-Geral da Electra? Que se passa Sra Ministra da Economia? Então passamos pelas mais absurdas situações e ninguém treme no Governo, Sr Primeiro-Ministro??...Não temos ao menos o direito à explicação? Ou isso já passou toda a explicação lógica? E a Oposição no meio disso tudo? E as organizações da sociedade civil? Quanto tempo temos que aturar mais esta absurdo-situação?

O discurso de posse da Ministra da Economia centrou-se na questão da energia e do emprego. Lembro-me vivamente das suas palavras a demonstrar uma grande confiança na resolução definitiva e consistente do problema da energia a breve trecho. Quanto ao emprego até lhe dou o benefício da tolerância por causa da crise. Mas esta situação da energia!!...Não faz sentido nenhum e não nos enganemos: não vai se resolver a breve trecho a não ser que se declare Estado de Emergência e se tome medidas sérias. Em política normal uma cabeça já tinha rolado diante de tais catastróficos-factos.

6 comentários:

Maria José Macedo disse...

César calma! Esta questão não é tão simples assim, é necessário analisar com mais dados. Entra aí várias explicações como por exemplo,recursos para se investir neste sector , politicas energéticas adoptados ao longo do tempo no país pelos sucessivos governos, enfim há vários ângulos de análise antes de se falar nesta questão de energia com especial destaque para o fornecimento da energia à capital. Não estou a "puxar o saco" a ninguém , só chamo atenção para a complexidade da questão.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Maria José Macedo, não posso ter calma quando não consigo, nem dormir, nem trabalhar, nem ver a televisão, durante 3 dias!!! Estou absolutamente indignado e ainda por cima NINGUÉM se digna falar ao povo, o que me deixa mais indignado ainda.

Não posso ter calma, porque vivo dizendo que estamos numa política da cosmética, vangloriando aos quatro cantos que somos uma maravilha de país, enquanto que isso é uma mentira.

Sim, tens razão: as coisas são complexas e é precisamente por isso que precisam de um debate sério. Todo o dinheiro que já foi investido em estradas de eficácia prioridade devia ser canalizado para essa questão absolutamente essencial, sem a qual aliás não possibilita o resto: a energia.

Não devemos ter calma; devemos estar todos muito zangados, a ver se politicamente as coisas são encaradas de uma outra forma.

Valeu a tua contribuição.

Pss disse...

César a dizer que não se pode ter calma ? hummm ... a coisa está mesmo feia.

Anonymous disse...

César, o primeiro-ministro nao te ouve porque ele é surdo! Ninguém te vai ouvir porque todos estao surdos§ Logo, tens uma unica a fazer e sem hesitaçoes: deitar abaixo este governo e com ele todos os directores gerais VOTANDO contra o PAICV nas proximas eleiçoes.

Porquê? porque o primeiro-ministro mentiu ao paí. Recordo-te que Neves e o PAICV ganharam as ultimas eleiçoes prometendo precisamente mais electricidade ao paí. Durante a campanha das ultimas legislativas Neves prometeu luz eléctrica em poucos dias, dizendo inclusivamente que ja tinha comprado um motor potente para dar lua à capital em poucos dias.

Recordas-te ou nao? Entretanto, ja la vao quase 5 anos e Praia capital continua às escuras.

O primeiro-ministro Neves mente todos os dias à nossa terra. Os seus ministrso mentem também! E os directores-gerais também.

Quanto à sociedade civil ela anda preocupada com os seus carroes e férias na antiga metrópole. Cada um faz a sua vidinha no seu canto.


E a oposiçao? Coitada do MPD de Jorge Santos! Jorge Santos so podia ser lider num país anormal como Cabo Verde. E depois como é que Jorge podeia fazer oposiçao se ele é um antigo militante do antigo partido unico e antigo estudante da Uniao soviética?

Espera pois por Veiga, que também pertenceu ao antigo regime, mas que foi daqueles que no MPD se reciclou melhor em democracia pluralista. Ele deu muita barraca vivendo em democracia mas é ainda daqueles que mais progressos fez.

Tens ainda a Ucid, pobre coitada na oposiçao que até hoje nao soube ter uma elite à altura mas merece também alguma atençao.

A verdade é que se ha alguém que tem de ser sancionado se se quer viver numa terra com perspectivas de ter luz e agua e outras coisas, esse alguém é Neves e o seu partido. O PAICV ainda nao aprendeu a viver em democracia, logo merece ser sanciondo.

Conclusao: se nao votares contra o PAICV nas proximas eleiçoes, César, estás condenado a morrer à mingua e numa ditadura, pois ganhando Neves, ele vai vingar-se de muita gente critica que lhe está a fazer passar por maus momentos.

Neves sente-se tremido e é por isso que ja começa a chamar o MPD de partido terrorista e fascista. Como eu disse isso nao é sério. Neves tem de responder apenas a uma questao: porque é que ele prometeu luz eléctrica à capital ha 4 anos e até hoje nada! E ele que na véspera das proximas eleiçoes nao venha com a manha de sair da cartola um motor potente que dá luz à Praia porque o povo vai perceber!

Onde é que ele tem estado este tempo todo?

Underdôglas

Sal Pimenta disse...

Não percebo a relutância dos sucessivos governos em adoptar politicas voltadas para energias renováveis.

Será assim tão caro fazer isso que não justifique o investimento que for preciso, ainda que este seja pago a longo prazo?

Em uma entrevista muito boa de anteontem na Tiver, Julio Lopes (Infocom) fez uma abordagem muito interessante sobre formas de encarar e realizar investimentos deste tipo.

Neste caso, em vez de importarmos sempre os mesmos valores absurdos, importava-se somente uma parte em combustíveis e investia-se a outra parte em capacidade de produção de energias renováveis e formação de técnicos capazes para sua manutenção.

Resultado: criava-se emprego, retia-se know-how especializado, criando escolas técnicas se preciso for, reduzia-se o deficit da balança e ainda atenuava-se o problema de dependência do petróleo (e o ambiente agradecia).

Na entrevista, ele falava do Turismo em relação a prestação de serviços e industrias (ligeiras) que lhe são associadas, como a marcenaria, mas se extrapolarmos, talvez a ideia seja aplicável a outros sectores, desde que haja politicas sérias e não somente investimentos de critério duvidoso.

Não achas que a circular da Praia dava para nos livrar desse problema de energia durante largos anos? Não haverá aqui um problema de prioridades? Quando lembro-me da crise do Verão de há 2 anos atrás, tremo na base.

Tchale Figueira disse...

Oh César! desculpa este desabafo mas vou mandar esta escumalha a MERDA!!!!!!!!!!!!!!!!