Quando vejo um cartoon no Expresso das Ilhas, em que estão Sócrates, trajado de rei, a incitar José Maria Neves, trajado de soldado do rei a aplicar chibatadas a um "pretinho" no pelourinho da Cidade Velha, a minha alma inunda-se de indignação! Será que o autor nunca pensou no significado pesado da escravatura? Será que ele não se sente um pouquinho só tocado pela história trágica dos seus antepassados para andar assim a brincar com termos como "pretinho" e com a escravatura. E onde ele foi arranjar a associação entre a política de hoje e a situação de crime humanitário dos séculos passados? E será que esse pasquim chamado de jornal não se dá ao respeito???
10 comentários:
A ignorancia é mãe do atrevimento.
César, bem dito!simplesmente patético e revoltante. Concordo com o Tchalé e Peps. Pergunto no entanto, quando teremos noticias neste jornal e no liberal e não opiniões? O povo quer é noticias tais como são e não inventadas e distorcidas de forma a beneficiar grupos. Não sei o que faz o JCF a escrever neste pasquim. O Eurico por vezes aparece para fazer aquela cara de, sim, defendo os criminosos porque fui até o STJ porque convicto que eram inocentes (pois, c´um raio!). Mas,este até que pode porque ele já não representa, infelizmente, nada, perdeu a credibilidade. De resto, é tudo politiquice que, até quando ousarem acertar, já ninguém acreditará como ninguém fez com a foto do JS com o B.Clinton.
Estamos a confundir o direito a cada qual em debitar as suas asneiras e a aceitação dessas asneiras. Há uma pequena diferença entre a arte provocatória quando tem uma conceptualização bem feita e a abordagem ligeira a temas delicados. Neste caso, ao comparar a política actual à escravatura, ou é banalizar de forma ligeira a escravatura, ou é uma leitura política bombástico-propagandista. Num sentido ou noutro soa-me a kitsch
E se repararem a minha questão não está no uso dos conceitos de raça e de escravatura; está no seu uso, que a mim, foi de mau gosto
Bolas César, tu tens jeito para desenho e fotografia, faz uma caricatura do Underdôglas a apanhar umas chibatadas. É que se o Dono e o Expresso já cansam, o que dizer do Underdôglas? Já agora, o homem (espero que seja homem, pois senão terá os colhões no lado errado) não trabalha? Paxênxa nhas guentis, paxênxa.
é preciso ter muita fantasia e muito "desamor" a esse jornal (e aos seus "padrinhos") para fazer-se tamanha "tempestade" (post) em tão insignificante "copo de água" (a caricatura"...:-)))) é de rir, por parecer tão forçada, esta tua "ofensa"...
n exageres rapaz...és muito melhor do que isso... acredita
Anónimo (que bom que não fossem tão anónimos!), sentiste-te ofendido pela minha ofensa, porque de alguma forma afetou-te. Pois, cada um tem o seu sagrada. Para mim, nós ainda somos incrivelmente levianos em relação à nossa história. Como me disse alguém, sobre o campo de concentração do Tarrafal, se conhecessemos a história trágica e sangrenta daquele lugar ficaríamos em silêncio pelo simples facto de passar por perto. Não conhecendo porém dá-nos o leviano direito de pensar em transformar aquilo numas casinhas de férias para pequenos burgueses. Pois Anónimo, com a história da escravatura é a mesma coisa: quando se a usa (e deve-se usá-la) deve ter peso e medida, mesmo que seja a profanar. Experimenta fazer piadinhas ligeiras do Holocausto a um judeu!
O Underdôglas ficou ofendidinho :-)))))) ah ah ah ah ah ah ah ah
Cesar apoio em 100% a tua opinião que no geral ate e bastante clara, so um "ignorante" nao percebe o fundo da questão que abordaste e sentiste obrigado a trocar por "miudos", para que os menos habilitados pudessem comprender. Não comprendo porque razao o "Ubderdolgas" abda aqui encoberto pelo anonimato. Tem coragem e da a cara, para isso servem as palavras do Tchalé...
Caricaturista e Censura andam juntos... O santo e profano..
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