Para mim a noite ilustra o cosmopolitismo das cidades e tenho a tendência em gostar mais ou menos dos lugares de acordo com isso. É quando passamos de turistas (seres desprovidos de interesse, que observam à distância) a visitantes, com estórias para contar do nosso país, com os nossos gostos e descobertas. É onde sabemos dos detalhes que não vem nos guias turísticos, conhecemos os habitantes reais, os artistas, a gente divertida, que conhece os cantinhos da cidade, os seus suores, as suas palpitações. É quando começamos a destruir as nossas ideias pré-concebidas do lugar, isso se tivermos a coragem de comunicar com os autóctones, claro.
Comparo cada detalhe com a minha cidade da Praia. Para quando teremos uma zona boémia, onde estarão restaurantes bonitos, de bom gosto, especializados, bares bonitos, pubs, ruas agradáveis, seguras, que convidem as famílias a sair e a fazer da nossa cidade um lugar com gente, que se cruzam, que contam estórias, divertem-se e recriam a cidade? O Plateau é o candidato natural. Tem tudo o que essas baixas dessas cidades cosmopolitas tem, ou tinha, já que as lojas chinesas quase levaram tudo, e o que não levaram destruímos com as nossas próprias mãos. Uma pergunta: porquê que, as lojas chinesas em outras cidades são lojas com outras qualquer e na nossa cidade pilham completamente os edifícios?
Sem comentários:
Enviar um comentário