20.7.11

Le manif

Por azar não pude participar na manif contra os apagões da Electra. Queria estar presente, porque defendo que, quem critica deve ter uma acção consequente. Não deu, pronto. Pelos vistos a manifestação não teve grande aderência e pelas fotos, foram os suspeitos do costume. Há blogs e comentários no FB a criticar a atitude passiva das pessoas, que não saem à rua, não participam etc. É assim: a Pró-Praia não tem que se queixar, pelas seguintes  razões:

  • Primeiro, anda desaparecido por anos e de repente aparece e quer que toda a gente adira. Não funciona.
  • A Pró-Praia está marcada desde a sua nascença por quezílias partidárias e para ultrapassarem isso tem que provar a sociedade que a sua acção é permanente e em nome da cidadania.
  • Não sei, por isso pergunto: será que a Pró-Praia está a criar dinâmicas com as zonas da periferia? Será que já pensaram numa rede, formada por todas as associações cívicas da Praia?
  • A marcação de uma manif pelo FB, numa cidade como a Praia, está fadada a ser o que foi. Perguntem ao pessoal dos partidos como se faz a mobilização.

Ou seja, só nos podemos queixar de nós próprios. O exercício da cidadania em CV é complicado, porque quem a pratica acha que está a fazer um grande favor à sociedade e como tal põe-se numa posição chorão, incompreendido, não valorizado, não recompensado, etc. Pessoal, se não funcionou, alguma coisa está errada e não são só os outros.

Finalmente um exemplo que me parece de dar lições às pseudo-associações da sociedade civil: a Associação de Desenvolvimento do Safende: uma associação carente, numa zona carente, mas que consegue fazer mais do que dar fricotes no FB. Precisamos abrir os olhos, dar um estalo a nós mesmos, para acordar para a realidade da cidade da Praia e do país no geral; é muito mais do que o Plateau e a Praça Nova.

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