Por azar não pude participar na manif contra os apagões da Electra. Queria estar presente, porque defendo que, quem critica deve ter uma acção consequente. Não deu, pronto. Pelos vistos a manifestação não teve grande aderência e pelas fotos, foram os suspeitos do costume. Há blogs e comentários no FB a criticar a atitude passiva das pessoas, que não saem à rua, não participam etc. É assim: a Pró-Praia não tem que se queixar, pelas seguintes razões:
- Primeiro, anda desaparecido por anos e de repente aparece e quer que toda a gente adira. Não funciona.
- A Pró-Praia está marcada desde a sua nascença por quezílias partidárias e para ultrapassarem isso tem que provar a sociedade que a sua acção é permanente e em nome da cidadania.
- Não sei, por isso pergunto: será que a Pró-Praia está a criar dinâmicas com as zonas da periferia? Será que já pensaram numa rede, formada por todas as associações cívicas da Praia?
- A marcação de uma manif pelo FB, numa cidade como a Praia, está fadada a ser o que foi. Perguntem ao pessoal dos partidos como se faz a mobilização.
Ou seja, só nos podemos queixar de nós próprios. O exercício da cidadania em CV é complicado, porque quem a pratica acha que está a fazer um grande favor à sociedade e como tal põe-se numa posição chorão, incompreendido, não valorizado, não recompensado, etc. Pessoal, se não funcionou, alguma coisa está errada e não são só os outros.
Finalmente um exemplo que me parece de dar lições às pseudo-associações da sociedade civil: a Associação de Desenvolvimento do Safende: uma associação carente, numa zona carente, mas que consegue fazer mais do que dar fricotes no FB. Precisamos abrir os olhos, dar um estalo a nós mesmos, para acordar para a realidade da cidade da Praia e do país no geral; é muito mais do que o Plateau e a Praça Nova.
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