Artista: Amy Bessone
Tarrafal, na ilha de Santiago, meu retiro espiritual, este fim-de-semana estava encoberto. Estranha sensação de uma manta gigantesca de pobreza que vai abafando esse cantinho maravilhoso da natureza. Hotéis fechados e abandonados, casas fechadas, ruas desertas, povo que outrora parecia sereno, com um semblante de inquietação, pedintes, carentes, assediando turistas, pescadores sem peixe, peixeiras sem venda, restaurantes vazios, preços elevados com a intenção de compensar a perda nos negócios, o que causa é mais repulsa dos negócios. Amo Tarrafal, como se fosse a terra onde nasci. Peregrino-me por Tarrafal, mas de toda a vez que vou fico de coração rasgado de ver a degradação, a imponência do mau-gosto, o reinado dos oportunistas. No diálogo ruidoso dos dirigentes e anti-dirigentes desta minha terra, situações vão sendo esquecidas, abandonadas ao definhamento.
2 comentários:
Pois é Carlos, imenso prazer em conhecer este o teu blogue e as tuas escritas. Concordo em tudo quanto a sensaçao que deixa em mim Tarrafal cada vez que lá vou. E sempre volto... de 2-3 em 2-3 anos, e o sentir com que fico é triste. Grande pena.
Desculpa, és Cesar, não Carlos.
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