De leitura pessoalíssima, aponto como um dos erros de José Maria Neves, não conseguir manter engajados os entusiasmos à volta da sua liderança, por parte de uma influente população. Dessa população que, mesmo não fazendo a militância partidária, participa activamente na política, comprando os jornais, ouvindo as notícias, acompanhando a Assembleia da República, conversando nas esquinas e bares, formados, inteligentes, com cargos de responsabilidades nos lugares que trabalham, pessoas essas capazes de influenciar outros tantos com menos articulação política. Aliás o próprio JMN reconhece essa lacuna, ao organizar encontros de emergência "com jovens quadros", como se pudesse inflectir determinadas opiniões em 2h de encontro e verborréia.
É claro que a massa populacional é o factor decisivo no momento do voto e os partidos naturalmente tem a tendência em se preocupar para que lado se balança, no geral. Mas não é de desprezar o estado de alma dessa minoria, no meio da população em geral, até porque no momento da campanha é o entusiasmo desse pessoal, repito, não necessariamente a fazer militância, mas tão somente em conversas de café, que pode fazer toda a diferença, porque uma coisa é certa, o embate Veiga-Neves vai ser cerrado.
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