Imagem: Jens Walter UlrichEles, os jovens, dizem: eles são velhos e caducos, ultrapassados pela velocidade e vigor dos tempos, incapazes de se adaptar às novas maneiras de estar e de pensar. A eles foi roubado a liberdade, lutaram e libertaram-se das prisões, mas tiveram a sua capacidade de criticar destruída para sempre. Eles dão lições de moral, mesmo que as suas vidas não inspirem nenhuma moral.
Eles, o velhos, dizem: eles não têm desígnios e vivem os dias e as noites como se não existisse o dia de amanhã. Eles tem uma vida desprovida de objectivos.
Eles, os jovens, dizem: eles abandonaram os seus ideiais e agora constroem as suas pequenas vidas, à volta de pequenos impérios, não importando se as suas acções são nocivas ou não. Eles tem uma vida desprovida de princípios.
No meio dos dois existe uma vácuo, que podia ser preenchido com a vivência de uns e o vigor de outros; com os aprendizados de outrora e as novas maneiras de hoje; com a emoção de outros tempos e a ciência da modernidade; com a multiplicação das inteligências, independentemente das idades.
8 comentários:
...E vais aprendendo (sim, tens de aprender): se escreves coisas positivas (no meu critério, claro) és publicado; se vens com baboseiras, tipo "podias ser meu filho", és rejeitado. Regras simples, não achas?
Boa notícia Al Binda, inspiraste um personagem de um dos meus contos. Fantástico, ahn?
Na verdade aqui estão retratados dois polos opostos e extremos. Os termos "velho" e "novo" são ilustrativos somente. No meio já existe alguma coisa mas a integração é forçada, a meu ver. A ascenção social pela lealdade partidária e a política a funcionar ainda como uma força dominadora da sociedade não tem ajudado a que haja intermédios:
Ou os novos imitam o comportamentos dos velhos nesta onda, em que o conta é a filiação partidária, relegando para um segundo plano o mérito profissional ou intelectual.
Ou os velhos adaptam-se aos novos quando são esses, por via descrita em cima, são os chefes.
Não é tão extremado assim, porque existe gente que se destaca por mérito, mas não constituem força de transformação.
Reflexões, claro.
O Al Binda ou é desempregado (neste caso, por inútil) ou então, aliás, o mais razoavel, filho de papai com internet adsl instalada em casinha confortavel (sem sair da cama) que fica em casa a escrever para todos os blogs e jornais (como diz) e a receber bofetões (no minimo) de todos os que passam lá. Ou ele escreve e não lê as reacções as suas escritas. Al Binda, faz um favor ao Mundo, suicida-te em directo num desses blogues ou nos jornais on line. Assim vais ver se fazes tanta falta!
Claro que recomendo que te leiam. És o fait-divers mais divertido de toda o cyberespaço crioulo.
Estás a desiludir-me! Dás mostra de irritação!...Eu que te considerava um guru modernista hegeliano imperturbável.
Assisto de camarote a esta delícia. O Al Binda transforma-se no Al Rôto, e daki a nada será o Al Kagá!
Nao, nunca me irrito, porque (ainda nao te fiz o meu curriculum completo) domino os meus nervos através de artes marciais e concentraçao budista e zenica!
Vai la rapaz, ler o meu ultimo texto que acabou de sair na Opiniao do filho do Varela no Semana e deixa-te de tretas.
Um conselho: espero que estejas a ler de facto toda a bibliografia implicita e explicita que eu estou a fornecer-te, por caso contrario nao conseguiràs traçar como deve ser o meu perfil! E' para o teu bem que eu digo isto rapaz: lê, estuda, porra. Os livros sao as coisas mais importantes na vida, a mulher é um simples décor para a gente relaxar!...Al Binda
Bem, perguntou-me por onda o Al a uma hora destas? Desconfiança-se de tanto tempo sem resposta. Será a hora da punheta ou de comentar blogues de porno (com destaque para os pedófilos)? Bem, para um gajo que prefere os livros as mulheres ... Ups. lá vem o gajo melado e inspirado.
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