Vamos lá ver: ninguém disse que para promover a língua Caboverdiana todos devem passar a escrever em Caboverdiano. Nenhuma língua do mundo, mas nenhuma mesmo, se aprende a escrever e ler, de um dia para o outro. É preciso escola; é preciso gramática; é preciso prática. É super, super, super falso esta questão que se levantou à volta do ALUPEC.
Primeiro: é uma chachada a oficialização do ALUPEC. Sabemos que a questão do Caboverdiano é mais de cariz sociológico, do que técnico. Por decreto governamental, decisão centralizada na Praia, isto não vai funcionar. Badios gostam de "k"; Sampadjudus não gostam tanto; eu me chamo "César"; não me incomodaria de ser chamado de "Sezar", mas muito se incomodam. A língua é a matriz de toda a Cultura e a estrutura através da qual nos realizamos enquanto civilização; tratar esta questão com um decreto é a mais descabida das ideias, aliás já costumeiras pelos lados do Min.Cultura.
Segundo. O ALUPEC é uma boa proposta, que precisa ser trabalhada. Mas, atenção, é muito difícil digerir um texto grande em Caboverdiano, pelas razão enunciadas acima. É uma estratégia desastrosa começar agora a versar enormes textos em Caboverdiano. Há imensas coisas a fazer antes de chegarmos ao ponto de produzir altas prosas. As minhas sugetões:
- A criação de um Instituto da Língua, para os dois, pois que essa questão da língua é um problema SÉRIO, causa do nosso atraso intelectual. Vá lá, contestem!
- Ensino do Caboverdiano para estrangeiros. Há dias veio um estrangeiro ter comigo e perguntou-me, irritado: "porque não falavam em português naquele programa da televisão?"...Era o que faltava!
- Começar a passar a grafia do Caboverdiano em pequenos textos: publicidades escritas, pequenos anúncios, em sites, etc.
- Abrir concursos de criação artística em Caboverdiano, mas de alto nível, para não cairmos no populismo.
1 comentário:
Es artifu, aparentementi pasifiku!!
ka tene kumentarius. A partir des mmunentu +e passa ta ten: di acordu Alupec e bon proposta enton pa kumesa ta kria kondison pa nxina nos minis le ku skrebi na ses lingua maternu... o restu e faxona. Et
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