16.3.09

Que ando a ler

Este livro, achado na Feira do Livro, veio mesmo a calhar, a propósito de feiras de conhecimento e de mundo novo e de propaganda política enganosa (como se já não fosse por natureza).

Um livro essencial para quem se interessa pela que já é considerada a 3ª revolução da humanidade (depois da revolução agrícola e da revolução industrial), a revolução da informação, que é o mesmo que dizer, o triunfo da cultura. Um livro que exemplifica esta revolução com o aparecimento de esplenderosas novos produtos, organizações e redes sociais, tipo Linux, Wikipedia, MySpace, Blogger, etc. Um livro que dá pistas até para a presente crise, que não é só financeira, que é essencialmente de adaptação e agilidade das antigas corporações, como a General Motors, por exemplo, que apesar de ser um potência industrial mundial, é rígida em sua organização interna, não teria sido eles a inventar o trabalhador burro. A nova economia baseia-se no oposto, em trabalhadores e consumidores inteleligentes.

O livro também aborda questões sociais, como o poder, autoridade e legitimidade de intituições como o jornalismo, por exemplo, que estão a ser abaladas pela blogosfera, não que esta as vá substituir, mas porque as obriga a justificar o seu poder, hoje mais do que nunca. Hoje, se o público está insatisfeito auto-organiza-se (passo a redundância) em comunidades colaborativas (wikis) para colmatar a sua insatisfação. O mesmo se passa com a distribuição de filmes, discos e livros: a wikipedia está a levar várias editoras à falência.

A conceito da economia digital pressupõe muito mais que a questão dos terminais, porque estes são voláteis; pressupõe CONECTIVIDADE PERMANENTE UNIVERSAL E ABUNDANTE. A seguir vem os conteúdos e os serviços para a Internet; a seguir vem as novas organizações globalmente colaborativas, os novos superstars da nova economia, a wikinomia.

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