12.12.08

Girar, girar, girar

Lá vou eu hoje ao 180º do Abraão...girar. Das outras vezes fui com convicção, com algo para dizer e procurei a melhor forma de o dizer, sabendo que a televisão é um saber próprio, aprende-se com a prática e nem sempre a mensagem sai da melhor maneira. Mas hoje não estou convicto; estou inseguro e um tanto desanimado. Que tema abordo? Qual é o sentido das palavras? Que efeito é que elas têm, neste país que parece que palavras são bandeiras rotas?

As palavras neste país, ou são bandeiras rotas, ou devem ter somente 1 de 2 cores possíveis, as cores dos 2 únicos partidos deste país, para que tenham ouvidos. Se esta afirmação for verdadeira, estamos mal. Se existem só 2 partidos efectivamente, estamos mal. Se não há outras bandeiras estamos mesmo mal.

Qual é a forma de contrariar a palavra política, que neste período que já se vê as eleições no horizonte, distorce a realidade. Entramos no período do marketing político. Para uns está tudo errado. Para outros está tudo bem. E no meio? E no meio disto tudo, onde pára a sociedade? Ou seja, onde estamos? Qual é o valor efectivo das nossas acções? Eu escolhi ser participativo; qual é o significado disso? Quanta energia terei de dispensar até conseguir um resultado efectivo?

Não sei de nada e por isso estou desanimado...

12 comentários:

Cesar Schofield Cardoso disse...

Não peço ajuda divina porque sou ateu, agnóstico, infiel, anárquico, perturbador, etc, etc, etc. Mas quando vejo para o céu (não tinha reparado nisso até dizeres) estou em apuros, eheheheh)

Fazemos assim: ponho o auricular do meu telemóvel e quando estiver em apuros telefono-te e dás-me as dicas. O perigo é de me tornares menos radical que sou, AHAHAHAHAH (esta foi de maldade!)

Anonymous disse...

democracia participativa é uma boa escolha.o maior problema das pessoas é conseguirem discutir sem concentra-se nessa bipolaridade politica "sui generis" nossa , ultrapassar o debate ideologico(partidario), ser HOMEM antes de ser do partido(ou movimento) ...porque é uma forma simples de se safarem dum dialogo aberto,construtivo e como disseste participativo...podia ser um bom tema o que hà além dos partidos(ou movimentos eh eh),
Hiena

JB disse...

Oh César, nunca resultaria, men. Un gaj ke bo pinta de terrorista a falar frases muito politicamente correctas? Não ia dar certo. A TCV iria receber milhares de queixas contra a manipulação de imagens (e consciências!) Hahahah Abraço e boa sorte!

zé disse...

Já que bo cá tá que nada pa dzé, xperimentá dá ques gaje da lá socos na boca. Ta começa pa Abrão e depos pa Edson e Paiva - dás a vontade. Depos de socos dás uns bons bofatada na cara pás despertá pa realidade desse terra. Porra!

Anonymous disse...

Melhor se não tivesses ido. Fizeste figurinha meu. Mas isso que dá estar a meter o bedelho em tudo.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Melhor se não tivesse falado Anónimo, que nem figurinha tens. És um fantasma.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Aliás nunca pensei que isto fosse tão divertido aos Sábados. Tenho de fazê-lo mais vezes.

Anonymous disse...

No teu caso, o post só existe para justificar o comentário. Portanto, não penso que um post teu seja uma promoção. Quando muito uma consequência. Sim, trabalhas de trás para frente. Aliás é o que se vê nos blogs de Cabo Verde. Mas o irritante é que tens que ler tudo o que eu, o ANÓNIMO, escrevo. Ironia ou não, quando se deixa a opção de comentar ficamos dependendo do botão de actualizar e dos comentários anónimos para levar a nossa vida, nossa missão de blogueiros, a cruzada contra os males inventados, a distilação primária da mentira e do convencimento do EU.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Sim ou não?

Anonymous disse...

Já te disse, o teu blog devia ser feito ao contrário.

Cesar Schofield Cardoso disse...

Bom, vou publicar e me despedir por hoje, que a minha família me espera.

Foi uma manhã de sábado...curiosa. Quase que mística.

Até. Abraços e beijinhos.

Djay disse...

Um grande aplauso para Mitu que esteve na 2ª parte do 180º.
O Abrão deveria pensar numa reestruturação do programa, o tempo é curto, os convidados não conseguem dizer tudo, pois ele está sempre a cortar a palavra ... E já agora, precisamos de convidados novos